tenho saudades tuas.
acordo e só me apetece raptar-te. levar-te. sem saber para onde. simplesmente ir. contigo.
deixarmo-nos ir e nao pensar em mais nada. como em tempos me deixaste fazer.
como em tempos fomos felizes a fazê-lo. eu pelo menos fui. e tu tambem parecias ser.
nao te compreendo. mal te conheço. nao vou deixar que isso influencie no que nao sei que sinto por ti.
porque nao me deixas sentir-te. mesmo assim sei que sinto saudades tuas.
e tenho medo de to dizer porque tenho medo que nao sintas o mesmo. se calhar devia dizer-to. mas nao tenho direito de te dizer o que quero. porque tu fizeste a tua escolha, e por mais que me custe, tenho que aprender a respeitar-te e dar-te espaço.
sou paciente. nao sei ate quando te espero. mas espero-te. enquanto aquilo que nao sei o que é continuar a fazer-se sentir dentro de mim.
ate la continuarei a sentir saudades tuas, e a imaginar-te comigo a fugir por essa estrada fora. e imaginar que sorris e aprecias as coisas que te mostro.
um dia rapto-te.
sábado, 11 de maio de 2013
quinta-feira, 9 de maio de 2013
o
que fazer quando tudo corre mal. e a solução é afundar ainda mais a
péssima condição de não fazer nada durante algumas horas seguidas.
des
cul
pa
me
culpa-me.
mandar tudo à merda. ir para uma ilha e deixar que a vida passe por mim. hoje aqui ao longe vejo o fim do filme. com as cenas, os bloopers, as cenas repetidas, os momentos de humor e os de choro. drama
drama
drama queen.
que se foda o drama e o teatro e as merdas de amigos que tens e as merdas de textos e as merdas adolescentes. manda tudo à merda.
dizer asneiras é uma forma tão poética de ser violentamente cruel. culpa.me.
te dejo.
des
culpa-me
saí do quarto. esperei pela minha vez. corre meia hora. corre meia hora e faz alguma coisa por ti.
há uns anos atrás, no inicio do filme, momentos antes de começar a verdadeira história começava o romance... fui correr 10 km com a motivação e a falta de sono de uma noite tão bem passada. as imagens, o cheiro que ainda tinha no meu corpo motivavam-me a não parar. a chegar ao fim, quanto mais não fosse para no final dizer-te que consegui chegar ao fim. e deixar que o suor saísse pelos meus poros alimentados pelo teu cheiro que felizmente ainda estava em mim.
corri e nas alturas que não aguentava mais, lembrava-me do vestido e do sorriso. e do lábio molhado pelo calor de nós os dois. eu e tu juntos não eramos dois. eramos todos aqueles que nunca tinhamos tinho. eu e tu não eramos um e o outro. era o mundo inteiro a rir.
cheguei ao fim . porque me motivavas. porque me lembrava o teu cheiro. o vestido. a flor. . . . e o sorriso e os olhos de bondade e confiança. os olhos. onde andarão....
saí do quarto. esperei pela minha vez. corre meia hora e tudo esquecerás.
hoje decidi alimentar-me de novo. a raiva de não consegir fazer nada. a raiva de chegar ao fim do filme sem ter conseguido perceber ao certo porque terminou.
faz alguma coisa. faz.
desiste de tudo menos de ti. quanto mais não seja pela felicidade de te deixares alimentar pela raiva que sentes, das horas sem dormir, da ansiedade que faz bater o coração mais forte do que qualquer droga.
viciado em dormir pouco.
culpa-me.
culpo.te
des
cul
po
te
começo a gritar e a passadeira que nao pára e o espelho que vejo com um corpo vivo. a unica coisa que tenho viva em mim é o meu corpo. sua, sem cheiro vindo de ti. sem imagem dos lábios molhados. grito mais... cada grito que dou garante-me pelo menos um ou dois km a mais. chegarei aos 10. para que este dia não seja dos piores da tua vida. para que te sintas vivo, um pouco mais vivo que o teu corpo.
culpo-te, por isso, corro mais.
run run run away.
tenho raiva logo corro mais.
don´t go away. don´t go away.
chego ao fim
corri 10km porque tenho raiva de não poder resolver.
10km e a raiva de nao conseguir saber onde está o sorriso, onde anda o labio mordido. o sorriso mais bonito.
10km e a raiva de não conseguir sair do fim do filme.
10km e as lágrimas que me caem pela cara quando oiço o final do homem elefante
10km e as lágrimas. e o lost.
somos mais do que imaginamos ser.
desculpa-me - não te culpo
desculpo-te - não me culpes
des
cul
pa
me
culpa-me.
mandar tudo à merda. ir para uma ilha e deixar que a vida passe por mim. hoje aqui ao longe vejo o fim do filme. com as cenas, os bloopers, as cenas repetidas, os momentos de humor e os de choro. drama
drama
drama queen.
que se foda o drama e o teatro e as merdas de amigos que tens e as merdas de textos e as merdas adolescentes. manda tudo à merda.
dizer asneiras é uma forma tão poética de ser violentamente cruel. culpa.me.
te dejo.
des
culpa-me
saí do quarto. esperei pela minha vez. corre meia hora. corre meia hora e faz alguma coisa por ti.
há uns anos atrás, no inicio do filme, momentos antes de começar a verdadeira história começava o romance... fui correr 10 km com a motivação e a falta de sono de uma noite tão bem passada. as imagens, o cheiro que ainda tinha no meu corpo motivavam-me a não parar. a chegar ao fim, quanto mais não fosse para no final dizer-te que consegui chegar ao fim. e deixar que o suor saísse pelos meus poros alimentados pelo teu cheiro que felizmente ainda estava em mim.
corri e nas alturas que não aguentava mais, lembrava-me do vestido e do sorriso. e do lábio molhado pelo calor de nós os dois. eu e tu juntos não eramos dois. eramos todos aqueles que nunca tinhamos tinho. eu e tu não eramos um e o outro. era o mundo inteiro a rir.
cheguei ao fim . porque me motivavas. porque me lembrava o teu cheiro. o vestido. a flor. . . . e o sorriso e os olhos de bondade e confiança. os olhos. onde andarão....
saí do quarto. esperei pela minha vez. corre meia hora e tudo esquecerás.
hoje decidi alimentar-me de novo. a raiva de não consegir fazer nada. a raiva de chegar ao fim do filme sem ter conseguido perceber ao certo porque terminou.
faz alguma coisa. faz.
desiste de tudo menos de ti. quanto mais não seja pela felicidade de te deixares alimentar pela raiva que sentes, das horas sem dormir, da ansiedade que faz bater o coração mais forte do que qualquer droga.
viciado em dormir pouco.
culpa-me.
culpo.te
des
cul
po
te
começo a gritar e a passadeira que nao pára e o espelho que vejo com um corpo vivo. a unica coisa que tenho viva em mim é o meu corpo. sua, sem cheiro vindo de ti. sem imagem dos lábios molhados. grito mais... cada grito que dou garante-me pelo menos um ou dois km a mais. chegarei aos 10. para que este dia não seja dos piores da tua vida. para que te sintas vivo, um pouco mais vivo que o teu corpo.
culpo-te, por isso, corro mais.
run run run away.
tenho raiva logo corro mais.
don´t go away. don´t go away.
chego ao fim
corri 10km porque tenho raiva de não poder resolver.
10km e a raiva de nao conseguir saber onde está o sorriso, onde anda o labio mordido. o sorriso mais bonito.
10km e a raiva de não conseguir sair do fim do filme.
10km e as lágrimas que me caem pela cara quando oiço o final do homem elefante
10km e as lágrimas. e o lost.
somos mais do que imaginamos ser.
desculpa-me - não te culpo
desculpo-te - não me culpes
quarta-feira, 8 de maio de 2013
my heart is beating in a diferent way...
as vezes é preciso fugir. afastar-me.tenho demasiada necessidade de estar sozinha. a maioria nao compreende. as vezes nem eu propria compreendo. mas admito que estar sozinha me dá uma certa paz.
estes ultimos tempos foram assim. precisei de mim para me lembrar que preciso dos outros. preciso sentir saudades deles. preciso sentir saudades de nao estar sozinha. desta vez demorou mais tempo. mas estou a voltar. aos poucos. a socializar.
precisava afastar-me por completo, como faço na maioria das vezes. fugir com uma mochila ás costas por uns dias e voltar nova. desta vez nao tive oportunidade de o fazer. fugia sempre que podia mas nao era suficiente.
talvez por isso tenha demorado mais tempo.
a verdade é que nao gosto de me sentir pressionada a 'voltar'. de ter sempre quem insista em que conte o porquê de estar afastada. a minha apatia a maior parte das vezes nao se explica. nao gosto de ter que me explicar.
nao gosto de falar.
mas aos poucos hei-de voltar. com calma.
terça-feira, 30 de abril de 2013
Ninguém tem pena
das pessoas felizes.
Os Portugueses adoram ter angústias, inseguranças, dúvidas existenciais dilacerantes, porque é isso que funciona na nossa sociedade. As pessoas com problemas são sempre mais interessantes. Nós, os tontos, não temos interesse nenhum porque somos felizes. Somos felizes, somos tontaços, não podemos ter graça nem salvação. Muitos felizardos (a própria palavra tem um soar repelente, rimador de «javardo») vêem-se obrigados a fingir a dor que deveras não sentem, só para poderem «brincar» com os outros meninos.
É assim. Chega um infeliz ao pé de nós e diz que não sabe se há-de ir beber uma cerveja ou matar-se. E pergunta, depois de ter feito o inventário das tristezas das últimas 24 horas: «E tu? Sempre bem disposto, não?». O que é que se pode responder? Apetece mentir e dizer que nos morreu uma avó, que nos atraiçoou uma namorada, que nos atropelaram a cadelinha ali na estrada de Sines.
E, no entanto, as pessoas felizes também sofrem muito. Sofrem, sobretudo, de «culpa». Se elas estão felizes, rodeadas de pessoas tristes, é lógico que pensem que há ali qualquer coisa que não bate certo. As infelizes acusam sempre os felizes de terem a culpa. É como a polícia que vai à procura de quem roubou as jóias e chega à taberna e prende o meliante com ar mais bem disposto. Em Portugal, se alguém se mostra feliz é logo suspeito de tudo e mais alguma coisa. «Julgas que é por acaso que aquele marmanjo anda tão bem disposto?», diz o espertalhão para outro macambúzio. É normal andar muito em baixo, mas há gato se alguém andar nem que seja só um bocadinho «em cima». Pensam logo que é «em cima» de alguém.
Ser feliz no meio de muita gente infeliz é como ser muito rico no meio de um bairro-de-lata. Só sabe bem a quem for perverso.
Infelizmente, a felicidade não é contagiosa. A alegria, sim, e a boa disposição, talvez, mas a felicidade, jamais. Porque a felicidade não pode ser partilhada, não pode ser explicada, não tem propriamente razão. Não se pode rir em Portugal sem que pensem que se está a rir de alguém ou de qualquer coisa. Um sorriso que se sorria a uma pessoa desconhecida, só para desabafar, é imediatamente mal interpretado. Em Portugal, as pessoas felizes sofrem de ser confundidas com as pessoas contentes.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'
Tenho tudo o que preciso. Tenho o que quero. Faço o que me apetece.
Mas ninguem me acompanha.
Ter nao chega para ser.
Mas sei que, no fundo, posso dizer que sou Feliz. Pena quase ninguém há minha volta compreender isso.
Os Portugueses adoram ter angústias, inseguranças, dúvidas existenciais dilacerantes, porque é isso que funciona na nossa sociedade. As pessoas com problemas são sempre mais interessantes. Nós, os tontos, não temos interesse nenhum porque somos felizes. Somos felizes, somos tontaços, não podemos ter graça nem salvação. Muitos felizardos (a própria palavra tem um soar repelente, rimador de «javardo») vêem-se obrigados a fingir a dor que deveras não sentem, só para poderem «brincar» com os outros meninos.
É assim. Chega um infeliz ao pé de nós e diz que não sabe se há-de ir beber uma cerveja ou matar-se. E pergunta, depois de ter feito o inventário das tristezas das últimas 24 horas: «E tu? Sempre bem disposto, não?». O que é que se pode responder? Apetece mentir e dizer que nos morreu uma avó, que nos atraiçoou uma namorada, que nos atropelaram a cadelinha ali na estrada de Sines.
E, no entanto, as pessoas felizes também sofrem muito. Sofrem, sobretudo, de «culpa». Se elas estão felizes, rodeadas de pessoas tristes, é lógico que pensem que há ali qualquer coisa que não bate certo. As infelizes acusam sempre os felizes de terem a culpa. É como a polícia que vai à procura de quem roubou as jóias e chega à taberna e prende o meliante com ar mais bem disposto. Em Portugal, se alguém se mostra feliz é logo suspeito de tudo e mais alguma coisa. «Julgas que é por acaso que aquele marmanjo anda tão bem disposto?», diz o espertalhão para outro macambúzio. É normal andar muito em baixo, mas há gato se alguém andar nem que seja só um bocadinho «em cima». Pensam logo que é «em cima» de alguém.
Ser feliz no meio de muita gente infeliz é como ser muito rico no meio de um bairro-de-lata. Só sabe bem a quem for perverso.
Infelizmente, a felicidade não é contagiosa. A alegria, sim, e a boa disposição, talvez, mas a felicidade, jamais. Porque a felicidade não pode ser partilhada, não pode ser explicada, não tem propriamente razão. Não se pode rir em Portugal sem que pensem que se está a rir de alguém ou de qualquer coisa. Um sorriso que se sorria a uma pessoa desconhecida, só para desabafar, é imediatamente mal interpretado. Em Portugal, as pessoas felizes sofrem de ser confundidas com as pessoas contentes.
Miguel Esteves Cardoso, in 'Os Meus Problemas'
Tenho tudo o que preciso. Tenho o que quero. Faço o que me apetece.
Mas ninguem me acompanha.
Ter nao chega para ser.
Mas sei que, no fundo, posso dizer que sou Feliz. Pena quase ninguém há minha volta compreender isso.
quarta-feira, 10 de abril de 2013
"Tomara
Que a tristeza te convença
Que a saudade não compensa
E que a ausência não dá paz
E o verdadeiro amor de quem se ama
Tece a mesma antiga trama
Que não se desfaz
E a coisa mais divina
Que há no mundo
É viver cada segundo
Como nunca mais..."
Vinícius de Moraes
continuo sem o que dizer aqui. aqui e onde for. nao tenho nada para dizer.
nao me apetece dizer nada.
agora vou so deixar andar. orientar-me e organizar a minha cabeça, que bem precisa de se por no sitio.
nao me apetece copos nem saidas, nao me apetece noites ate ser dia, nao me apetece musica alta so porque sim. as vezes pareco uma velha.
é uma fase. eu sei. quem me rodeia nao entende, por isso prefiro nao dizer nada. ocupo o tempo e digo que nao posso. e assim nao preciso dizer mais nada.
e pronto. é isto.
um dia volto a dizer qualquer coisa de jeito.
Ah! nao digo, mas "reblogo" aqui
zmarley.tumblr.com
segunda-feira, 25 de março de 2013
de facto...
nao se passa nada de jeito por aqui...
que grande seca que eu ando!
um dia, juro que volto a escrever aqui qualquer coisa decente.
que grande seca que eu ando!
um dia, juro que volto a escrever aqui qualquer coisa decente.
quarta-feira, 13 de março de 2013
"Mas acontece tipo assim: lembro do seu rosto, do seu abraço, do seu cheiro, do
seu olhar, do seu beijo e começo a sorrir, é assim mesmo, automático, como se
tivesse uma parte do meu cérebro que me fizesse por um instante a pessoa mais
feliz do mundo, mas que só você, de algum modo, fosse capaz de ativar. Eu sei, é
lindo. Mas logo em… seguida, quando penso em quão longe você está sinto-me
despedaçar por inteira. Sabe a sensação de arrancar um doce de uma criança? Pois
é, sou essa criança. E dói. Uma dor cujo único remédio é a sua presença. Então
sigo assim, penso em você, sorrio, sofro e rezo, peço pra Deus cuidar da gente,
amenizar essa dor e trazer logo a minha cura."
"Mas não te procuro mais, nem corro atrás. Deixo-te livre para sentir minha falta, se é que faço falta… Tens meu número, na verdade, meu coração, então se sentir vontade de falar comigo ou me ver, me procura você."
Caio Fernando Abreu
"Mas não te procuro mais, nem corro atrás. Deixo-te livre para sentir minha falta, se é que faço falta… Tens meu número, na verdade, meu coração, então se sentir vontade de falar comigo ou me ver, me procura você."
Caio Fernando Abreu
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
always better if you wait....
Ha nasceres do sol.
ha pores do sol.
e depois há.....
[I´m dancing with the stars]
Want to tell you once again
Perhaps the stars are not so bright
I want to take you back in time
Want to hold you once again
I want to show you there´s no lies
I want to have you by my side
Would you mind if I lay you down at night?
Would you cry if I hold you one more time?
I want to go but I know there's something wrong
disintegration in repeat. the best that i can get.
Oh I miss the kiss of treachery
The aching kiss before I feed
The stench of a love for a younger meat
[I never said I would stay to the end]
How the end always is
The aching kiss before I feed
The stench of a love for a younger meat
[I never said I would stay to the end]
How the end always is
deixar andar....
bem sei que nao tenho sido a mais assidua por aqui, mas este ano tem-se demonstrado cheio de potencial para me manter ocupada. ora sao pessoas, ora sao coisas, ora sao trabalhos. e sim, tudo no plural.
pelo menos nao me posso queixar que a minha vida é aborrecida e nao se passa nada.
neste momento passa-se demasiado. mas ja esta a acalmar.
é complicado gerir coisas e pessoas e falta de tempo. esta falta de tempo deixa-me quase adormecida. nao reago e deixo simplesmente andar, porque eu acredito que o que tiver que ser será. nao vale a pena forçar. foi dificil chegar a este estado, mas é como estou agora. e tem resultado.
agora que nao forço nem procura nada nem ninguem as coisas estao, finalmente, a encaixar-se.
consegui uma mudança que achava ser quase impossivel em tao pouco tempo. consegui conquistar-me de uma maneira que nao ja acontecia ha muito. consegui deixar-me em paz como ja ha muito nao estava.
estou tranquila. de espirito e de mente. tao tranquila que as vezes nem pareço eu.
mas tambem é preciso estar tranquilo de vez em quando, nao podemos estar smepre ansiosos e a lutar por coisas que nao sabemos se queremos mesmo ou nao.
agora nao luto, nao forço, nao puxo, nao insisto.. o que tiver que ser, será.
e felizmente, parece que ha bastantes coisas a 'ser'.
pelo menos nao me posso queixar que a minha vida é aborrecida e nao se passa nada.
neste momento passa-se demasiado. mas ja esta a acalmar.
é complicado gerir coisas e pessoas e falta de tempo. esta falta de tempo deixa-me quase adormecida. nao reago e deixo simplesmente andar, porque eu acredito que o que tiver que ser será. nao vale a pena forçar. foi dificil chegar a este estado, mas é como estou agora. e tem resultado.
agora que nao forço nem procura nada nem ninguem as coisas estao, finalmente, a encaixar-se.
consegui uma mudança que achava ser quase impossivel em tao pouco tempo. consegui conquistar-me de uma maneira que nao ja acontecia ha muito. consegui deixar-me em paz como ja ha muito nao estava.
estou tranquila. de espirito e de mente. tao tranquila que as vezes nem pareço eu.
mas tambem é preciso estar tranquilo de vez em quando, nao podemos estar smepre ansiosos e a lutar por coisas que nao sabemos se queremos mesmo ou nao.
agora nao luto, nao forço, nao puxo, nao insisto.. o que tiver que ser, será.
e felizmente, parece que ha bastantes coisas a 'ser'.
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013
nao desapareças.
O meu mundo tem estado à tua
espera; mas
não há flores nas jarras, nem velas sobre a mesa,
nem retratos escondidos no fundo das gavetas. Sei
que um poema se escreveria entre nós dois; mas
não comprei o vinho, não mudei os lençóis,
não perfumei o decote do vestido.
Se ouço falar de ti, comove-me o teu nome
(mas nem pensar em suspirá-lo ao teu ouvido);
se me dizem que vens, o corpo é uma fogueira –
estalam-me brasas no peito, desvairadas, e respiro
com a violência de um incêndio; mas parto
antes de saber como seria. Não me perguntes
porque se mata o sol na lâmina dos dias
e o meu mundo continua à tua espera:
houve sempre coisas de esguelha nas paisagens
e amores imperfeitos – Deus tem as mãos grandes
Maria do Rosário Pedreira
não há flores nas jarras, nem velas sobre a mesa,
nem retratos escondidos no fundo das gavetas. Sei
que um poema se escreveria entre nós dois; mas
não comprei o vinho, não mudei os lençóis,
não perfumei o decote do vestido.
Se ouço falar de ti, comove-me o teu nome
(mas nem pensar em suspirá-lo ao teu ouvido);
se me dizem que vens, o corpo é uma fogueira –
estalam-me brasas no peito, desvairadas, e respiro
com a violência de um incêndio; mas parto
antes de saber como seria. Não me perguntes
porque se mata o sol na lâmina dos dias
e o meu mundo continua à tua espera:
houve sempre coisas de esguelha nas paisagens
e amores imperfeitos – Deus tem as mãos grandes
Maria do Rosário Pedreira
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
i still wonder... Why?
[Words you spoke to her that night
Make your bodies look like porcelain]
Did she make your heart beat faster than i could?
Did she give you what you hoped for?
On nights so loveless, love,
I hope it made you feel good
Knowing how much i adored you
Knowing how much i adore you. and always will.
os meus amores platonicos dão cabo de mim. e o meu cerebro apodera-se de mim e fá-los parecer tão reais que so me apetece fazer-lhes juras de amor, e confessar-lhes o quanto gosto de os ver sorrir. ou so de os ver. e que conto os dias para os ver de novo.
se os meus amores platonicos soubessem o quão amados sao por mim nunca lhes faltariam sorrisos.
se os meus amores platonicos soubessem.... diriam que sou maluca. e se calhar sou mesmo. mas ainda consigo disfarçar um bocadinho.
ou escondê-lo deles...
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
it's true!
Look how they shine for you and all the things that you do!
Do you know?
You know I love you so.
quarta-feira, 30 de janeiro de 2013
se faz favor.
Deixa a alegria entrar em ti. sem aditivos. sem copos nem riscas brancas que nos guiam pelos sorrisos. sabes que a vida é melhor sem alegrias forçadas. deixar-te ser feliz. com o que vales que é tanto. tenho pena que não te consigas ver como realmente és. linda de morrer. cheia de vida e luz. tenho pena que deixes que te desvalorizem. que te façam duvidar. que nao te digam todos os dias que tens o sorriso mais bonito do mundo. que es a melhor. tu iluminas. deixa a alegria entrar em ti. em nós. deixa-te viver com calma umas semanas. com mais pequenos almoços e mais horas de sono normal, sem aditivos em forma redonda. deixa a felicidade entrar em ti e deixa que a tua beleza te invada. deixa de olhar com 40.000 olhos aos espelhos, olha com dois. aqules que Deus te deu. os teus, lindos de morrer. deixa espaço em ti para seres feliz. só tu. sem sapatos altos nem vestidos de princesa. só tu e o que significas realmente. deixa.te ser feliz. sem pores em causa aquilo que vales e aquilo que serás num futuro. não desistas e da mesma forma que um dia desistes, dá a volta e pensa para contigo HOJE NÃO DESISTO. hoje e amanhã... e depois de viveres todos esses "hoje e amanhãs" sem desistências verás que a confiança aumenta, o cansaço tambem, a vontade de dormir mais cedo, as ganas de leres uma página mais. deixa-te ser feliz. tu e a tua vida. e eu ao lado a orgulhar-me mais e mais por cada passo que dás. (ou atras, de ti, junto as tuas costas. ali mesmo pertinho para te abraçar sempre que precisares e te contar baixinho ao ouvido "um...dois...tr...". um passo e uma vitória. um passo. dia a dia. deixa-te ser feliz. deixa-te voar sem que ninguém te comande. eu sopro. tu voas. deixa-te ser feliz.
stop.
é so isto. preciso parar.
doi-me tudo. sinto tudo. nao sinto nada.
doi-me tanto que nao sinto nada.
a apatia ás vezes apodera-se de mim e é como se nada nem ninguem conseguisse fazer nada. nem eu propria.
que ja nei sei quem sou. o que sou.
sou dor que tenta correr contra o tempo.
sou vazio que tenta encher-se de tempo.
sou tempo que é gasto na dor.
sou dor.
doi-me tudo. doi(s)-me tanto.
as vezes à um negro que me enche e eu rendo-me.
à um negro que se apodera de mim e me deixa ficar.
à um negro que chega e eu nao consigo mandá-lo embora.
e a merda é que sei exactamente como mandá-lo embora. mas nao consigo. ou nao quero.
porque a melancolia é a minha melhor amiga. e a dor dá-me prazer. e por mais chato que ache todo este negro dentro de mim e o facto de nao conseguir manda-lo embora apesar de saber exactamente como o fazer.... ele faz parte de mim.
nao o posso negar. nao o posso ignorar.
basta-me deixa-lo vir com toda a sua força. atirar-me ao chao e deixar-me cheia de dores e vazia de sentimentos.
sentir a sua brutalidade. deixar de sentir o resto.
depois há-de passar.
terça-feira, 29 de janeiro de 2013
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013
"Leio de mais. Oiço de mais. Vejo de mais. Estou parado de mais, recebendo mais do que consigo receber.
o céu parece-me demasiado azul. a musica é mais triste do que, mesmo os mais tristes, precisariamos.
Vivo de mais. Durmo de menos. Acorodo para acordar os outros.
Estou sozinho de mais. Nas minhas estrelas nao ha noite nem amor. Tenho as maos vazias. viradas para o céu. como se tivessem recebido a lua, como se tivessem ficado encharcadas da tinta da escuridão."
[ja nao sei de que livro é.]
o céu parece-me demasiado azul. a musica é mais triste do que, mesmo os mais tristes, precisariamos.
Vivo de mais. Durmo de menos. Acorodo para acordar os outros.
Estou sozinho de mais. Nas minhas estrelas nao ha noite nem amor. Tenho as maos vazias. viradas para o céu. como se tivessem recebido a lua, como se tivessem ficado encharcadas da tinta da escuridão."
[ja nao sei de que livro é.]
"nunca vi céu tao bonito nem tanto sossego enquanto acabo o meu cafe no meio da cidade quase vazia, a nao correr para apanhar o correio que ja nao vou apanhar, sem saber que mais dizer-te. porque a minha alma esta sempre a interromper-me, a chamar por ti.
quanto mais longe, mais perto me sinto de ti. como se os teus passos estivessem aqui ao pé de mim e eu pudesse seguir-te e falar-te e dizer-te quanto te amo e como te procuro, no meio de uma destas ruas em que te vejo, zangada de saudade, no ceu claro, no dia frio.
devolve-me a minha vida e o meu tempo. diz qualquer coisa a este coração palerma que nao sabe nada de nada, que julga que andas aqui perto e chama sem parar por ti."
quanto mais longe, mais perto me sinto de ti. como se os teus passos estivessem aqui ao pé de mim e eu pudesse seguir-te e falar-te e dizer-te quanto te amo e como te procuro, no meio de uma destas ruas em que te vejo, zangada de saudade, no ceu claro, no dia frio.
devolve-me a minha vida e o meu tempo. diz qualquer coisa a este coração palerma que nao sabe nada de nada, que julga que andas aqui perto e chama sem parar por ti."
In O Amor é Fodido
as vezes...
gostava que te lembrasses.
gostava que soubesses.
gostava que cumprisses.
gostava que fosses.
gostava que ficasses.
gostava que fizesses.
gostava.
we are superstars.
I held a spotlight when You did that crazy dance
gostava que soubesses.
gostava que cumprisses.
gostava que fosses.
gostava que ficasses.
gostava que fizesses.
gostava.
we are superstars.
I held a spotlight when You did that crazy dance
I danced with you, I felt like superstars do
I was around you
I held you close while
While you drove, you just drove into hell
[Do you remember?]
[Do you remember?]
domingo, 27 de janeiro de 2013
seis quatro cinco
cais do sodre
(a foto nao é minha)
treze vezes dois mil e treze
às seis e quarenta e cinco
[gosto de escrever numeros]
(a foto nao é minha)
treze vezes dois mil e treze
às seis e quarenta e cinco
[gosto de escrever numeros]
sexta-feira, 25 de janeiro de 2013
Partida, largada, fugida.
Bastava apenas o maravilhoso engenho que era o teu corpo sem dores
adultas nas costas ou a efervescência da ansiedade impedindo o sono,
obrigando-te a acender mais um cigarro. Bastavam os teus braços como
torpedos rasgando as ondas, nem o frio te preocupava, dedos amachucados
com papel manteiga e lábios da cor dos mortos - mas estavas vivo, tão
vivo como na primeira manhã de férias grandes. O tempo era mais longo e a
carne mais invencível - saltaste de telhado para telhado e de uma
prancha de dez metros sabendo apenas nadar como os cães. Não te sentes
velho, mas é adulto e tens coisas chatas para fazer, já ninguém corre
atrás de ti para ganhar um jogo de apanhada, a televisão deixou de ser
um assombro - os desenhos animados matinais, o filme com um carteiro a
possuir uma senhora em cima da mesa e o teu pai aflito, mudando de
canal. Tudo era tão líquido como as corridas subaquáticas. É essa
rapidez impune nas tardes compridas que te faz falta em dias assim,
quando precisas de mais um cigarro para aguentar o lixo do mundo, que se
acumula dentro de ti num lugar incerto, mas doloroso. Queres uma
bicicleta para escavacar os joelhos que se regeneram com mercurocromo e
crostas que arrancavas e metias na boca. Queres uma bicicleta arrojada,
fazendo curvas com o pedal a tocar no chão. Hoje queres estar no
princípio de tudo, lado a lado com os teus irmãos, os teus amigos, até
que alguém grita, "Partida, lagarta, fugida", e tu és todo velocidade,
libertação, um corpo - só um corpo - voando sobre o alcatrão para um
lugar que não tinha de ser lugar nenhum.
Escritor
Escritor
Fado da ausência
"Quando ela não estava, o apartamento parecia mais arrumado, chato
como uma noite de Junho que sabia a Fevereiro, janelas tremendo no
caixilho, os chinelos dela ainda espalhados na sala.
Quando ela não estava, ele dava-se conta de como tudo permanecia por tocar, incluindo o patético chapéu verde, que jamais usara na rua, mas que servira de adereço para o disparate matinal do riso - música a tocar bem alto, ele cantando e dançando de vassoura nas mãos.
Quando ela não estava, certa noite, ele ouviu outra vez o carpir das ciganas lamentado uma morte, no pátio do Hospital S. José, uivos negros como rasgões no tecido da noite, ais e ais sem fim, a repetição da agonia.
Quando ela não estava, ele tinha mais medo, deitava-se mais cedo, comia coisas de adulto.
Quando ela deixou de estar, continuaram a tocar as mesmas músicas, viagens melódicas no tempo, um artifício da mente para revisitar a pulsação desses dias, o fôlego nas coxas e a coluna arqueada. Mas ela não estava. E nenhuma frase cantada, nenhum creme hidratante esquecido na bancada da casa de banho, nenhuma peça de roupa perdida ou qualquer outro lugar-comum romantizado, podiam contrariar a evidência que mais enchia aquela casa: ela deixou de estar.
Quando ela estava, havia mais coisas para fazer, mesmo que decidissem não fazer nada.
Quando ela ainda estava, ele ficava mais tempo em casa. Na noite das ciganas chorando prenúncios de cataclismo, foi ela que abraçou a casa como um escudo de nave espacial. E, no entanto, havia já muitos dias que ela tinha deixado de estar. "
Tenho saudades tuas.
Quando ela não estava, ele dava-se conta de como tudo permanecia por tocar, incluindo o patético chapéu verde, que jamais usara na rua, mas que servira de adereço para o disparate matinal do riso - música a tocar bem alto, ele cantando e dançando de vassoura nas mãos.
Quando ela não estava, certa noite, ele ouviu outra vez o carpir das ciganas lamentado uma morte, no pátio do Hospital S. José, uivos negros como rasgões no tecido da noite, ais e ais sem fim, a repetição da agonia.
Quando ela não estava, ele tinha mais medo, deitava-se mais cedo, comia coisas de adulto.
Quando ela deixou de estar, continuaram a tocar as mesmas músicas, viagens melódicas no tempo, um artifício da mente para revisitar a pulsação desses dias, o fôlego nas coxas e a coluna arqueada. Mas ela não estava. E nenhuma frase cantada, nenhum creme hidratante esquecido na bancada da casa de banho, nenhuma peça de roupa perdida ou qualquer outro lugar-comum romantizado, podiam contrariar a evidência que mais enchia aquela casa: ela deixou de estar.
Quando ela estava, havia mais coisas para fazer, mesmo que decidissem não fazer nada.
Quando ela ainda estava, ele ficava mais tempo em casa. Na noite das ciganas chorando prenúncios de cataclismo, foi ela que abraçou a casa como um escudo de nave espacial. E, no entanto, havia já muitos dias que ela tinha deixado de estar. "
Escritor
Tenho saudades tuas.
coquetterie
"Pode talvez dizer-se que é um comportamento que deve sugerir que a aproximação
sexual é possível, sem que essa eventualidade possa ser tida como certa. Ou, por
outras palavras, a coquetterie é uma promessa de coito, mas uma promessa sem
garantias."
in A insustentável leveza do ser, Milan Kundera
segunda-feira, 21 de janeiro de 2013
quinta-feira, 17 de janeiro de 2013
Do Amor
Quando estamos apaixonados o tempo nasce-nos do peito.
Não há sono, não há fome.
Não há nada.
Entre nós e o que nos move.
Inventamos o tempo.
Às vezes é por coisas que pensamos que sim, mas que afinal, não!
O trabalho, o carro, o sofá.
Mas não!
Quando estamos apaixonados fazemos o amor.
Porque o amor não existe.
O amor tem de ser feito!
Não é na cama, contra a parede, no balcão da cozinha.
Não, não é coisa física. Isso começa por F.
Pode ser ao longe,
do outro lado do mundo.
Fazer o amor é dar. Mais, do que há em nós.
O amor é olhar para o outro.
É estar atento.
O amor é esquecer que existimos.
É parar o tempo.
É fazer like, um smile, um asterisco. Duas teclas apenas.
O amor é um vómito. Que projectamos sem pensar.
Amar é ser louco. É não querer saber.
O amor é sem juízo. É ter medo. E ainda assim avançar.
O amor é um momento.
Amar é criar. Porquê?
Sem razão!
É dar sem pedir.
Amar é ser livre.
Sem asas, voar!
O amor é uma dor. Que custa a parir.
O amor é descarado. O amor é um grito.
Uma festa. Um banquete. Uma ópera.
São luzes de mil cores.
É uma algazarra!
Fazer amor é ter tempo. É dar atenção!
Tudo o resto é F…
Não há sono, não há fome.
Não há nada.
Entre nós e o que nos move.
Inventamos o tempo.
Às vezes é por coisas que pensamos que sim, mas que afinal, não!
O trabalho, o carro, o sofá.
Mas não!
Quando estamos apaixonados fazemos o amor.
Porque o amor não existe.
O amor tem de ser feito!
Não é na cama, contra a parede, no balcão da cozinha.
Não, não é coisa física. Isso começa por F.
Pode ser ao longe,
do outro lado do mundo.
Fazer o amor é dar. Mais, do que há em nós.
O amor é olhar para o outro.
É estar atento.
O amor é esquecer que existimos.
É parar o tempo.
É fazer like, um smile, um asterisco. Duas teclas apenas.
O amor é um vómito. Que projectamos sem pensar.
Amar é ser louco. É não querer saber.
O amor é sem juízo. É ter medo. E ainda assim avançar.
O amor é um momento.
Amar é criar. Porquê?
Sem razão!
É dar sem pedir.
Amar é ser livre.
Sem asas, voar!
O amor é uma dor. Que custa a parir.
O amor é descarado. O amor é um grito.
Uma festa. Um banquete. Uma ópera.
São luzes de mil cores.
É uma algazarra!
Fazer amor é ter tempo. É dar atenção!
Tudo o resto é F…
quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
" Com o tempo, quanto mais madura e segura de
mim mesma me tornei, mais verifiquei que eu há poucos anos atrás ainda fazia
parte de um grupo mundial de pessoas cujo coração acredita no bem dos outros sem
sequer pestanejar. Eu acreditava piamente que as pessoas tinham o direito de
errar sempre, porque eram humanas. Eu acreditava que se amasse alguém, isso
bastaria para que a pessoa nunca me desiludisse. Achava que o meu amor por essa
pessoa bastaria para que a pessoa, ciente do meu amor, se acautelasse com as
suas acções. Note-se que eu raramente amei pessoas (amigos, família). Amor é um
sentimento para mim muito raro. Tão raro que as pessoas que amei ou amo
contam-se pelos dedos de uma mão. Eu posso gostar das pessoas. Mas amá-las, isso
é uma história completamente diferente que daria para grandes livros.Enfim.
Acreditava no bem das pessoas. No lado bom. Arranjava justificações para o seu
lado mau. Era devido a algo que correra mal. Era devido ao mau tempo. Era devido
a terem dormido mal. Era devido a estarem frustradas. Era devido às suas
tristezas ou depressão. Era devido à chuva que naquele dia estava mais
forte.Quanto mais segura de mim me tornei e quanto mais cresci mentalmente, mais
me apercebi de que as pessoas têm o direito de errar, mas que se alguém errar
grandemente connosco, ou mais do que as vezes aceitáveis, o mínimo que devemos
de exigir à nossa própria auto-estima é que as arrasemos de tal maneira que
nunca mais levantam um dedo para nos incomodarem. Tornei-me, assim e à custa de
muito esforço, uma pessoa tão segura de si que acredito piamente que isso me
trouxe coisas muito boas, como ter-me protegido contra falsos sentimentalismos,
desilusões, frustrações e pessoas que, dita a boa da verdade (que isto não há
nada como a verdade) não valiam o esforço de as entender, ou desculpar. Também
me trouxe (como tudo na vida tem dois lados) um lado menos positivo, que foi
ter-me tornado pouco sensível a determinados momentos. Actualmente, é preciso
realmente muito, para me incomodarem. Eu sei perfeitamente o que quero, como
quero e o que tolero que me digam. E se a pessoa em questão achar por bem ou por
graça testar os meus limites e começar a desconversar ou a não respeitar o que
eu digo, pois pode ter a certeza que sai da conversa mais arrasada do que um
animal atropelado por um camião TIR em alta rodagem. Uma pessoa já muito sábia e
com muitos anos na pele, disse-me, há dois anos atrás, que nós é que ensinamos
aos outros como é que queremos que nos tratem. Se lhes ensinamos que nos podem
tratar mal ou faltar-nos ao respeito, eles vão fazer exactamente como lhes
ensinámos. Se lhes ensinamos que os amamos no matter what, eles vão testar essa
teoria e fazer tudo o que lhes apetecer, porque afinal de contas, nós os amamos
no matter what. Este é só o maior erro da história da humanidade. Gostarmos dos
outros sem restrições ou racionalidade. Cada vez mais acredito que a
racionalidade é um bem essencial às relações humanas. Se só racionalidade é bom?
Não. De maneira nenhuma. Continuo a achar que podemos amar alguém com todo o
nosso coração. Mas tenho a certeza absoluta de que devemos levar o nosso cérebro
connosco. Assim, não tolero comportamentos hoje em dia que me incomodem, que me
irritem ou que me estraguem sequer o dia. Quem se mete hoje em dia comigo e
experimenta virar o botão da fúria e pô-lo no estado on, nem sabe ao certo que
tipo de tempestade tem pela frente nem em que estado vai sair dessa tempestade.
Porque a inteligência é um bem preciosíssimo. E é preciso sabermos usá-la.
[...]".
O texto não é meu, é da Martine do blog: À Procura da Terra do Nunca.
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
true story
[Tudo o que é fácil perde o interesse.
Talvez por isso tu sejas alguém especial.]
e eu nao podia explicar de maneira melhor!
Talvez por isso tu sejas alguém especial.]
e eu nao podia explicar de maneira melhor!
sexta-feira, 11 de janeiro de 2013
cancelado!
inspira.
expira.
hoje doi-me a respirar.
custa-me mexer. nao tenho força. nao gosto desta coisa de estar doente. e quando se esta doente e nao se esta bem por dentro é ainda pior. hoje so quero ficar aqui. fechada e sossegada no meu canto. que nao me chateem. ou que so uma pessoa me chateie, mas essa nunca chegará. essa esta cega e nunca vem quando lhe peço. ou quando a preciso. nunca vem.
por isso hoje cancelei tudo o que havia para fazer para ficar aqui, no meu canto. so eu e as mantas. so eu e os remedios. so eu e a dor que nao tem cura. as vezes doi-me mais. e hoje esta a doer como ja nao doia ha muito tempo. ja nao me lembrava desta sensação. dois-me como nao imaginas. custas-me como nunca teras uma noção minima. vou dizer a todos que é a febre. mas no fundo o que eu tenho mesmo é frio. vou dizer a todos que me doi os pulmões. mas o que tenho mesmo é falta de ar. vou dizer que me doi o corpo. mas o que me doi mesmo é a alma. e aquilo que nao se sabe se existe mesmo ou nao. mas que quando doi nos indica que esta mesmo la. nao devia ser assim. nao devia cancelar as minhas coisas so porque.... nem sei porque. mas cancelei. e agora nao volto atras. agora fico. com as mantas enroladas. com o vazio que me deixaste quando foste embora a correr numa madrugada de chuva.
se tivesse chegado um bocadinho mais cedo, achas que me davas uma hipotese?
expira.
hoje doi-me a respirar.
custa-me mexer. nao tenho força. nao gosto desta coisa de estar doente. e quando se esta doente e nao se esta bem por dentro é ainda pior. hoje so quero ficar aqui. fechada e sossegada no meu canto. que nao me chateem. ou que so uma pessoa me chateie, mas essa nunca chegará. essa esta cega e nunca vem quando lhe peço. ou quando a preciso. nunca vem.
por isso hoje cancelei tudo o que havia para fazer para ficar aqui, no meu canto. so eu e as mantas. so eu e os remedios. so eu e a dor que nao tem cura. as vezes doi-me mais. e hoje esta a doer como ja nao doia ha muito tempo. ja nao me lembrava desta sensação. dois-me como nao imaginas. custas-me como nunca teras uma noção minima. vou dizer a todos que é a febre. mas no fundo o que eu tenho mesmo é frio. vou dizer a todos que me doi os pulmões. mas o que tenho mesmo é falta de ar. vou dizer que me doi o corpo. mas o que me doi mesmo é a alma. e aquilo que nao se sabe se existe mesmo ou nao. mas que quando doi nos indica que esta mesmo la. nao devia ser assim. nao devia cancelar as minhas coisas so porque.... nem sei porque. mas cancelei. e agora nao volto atras. agora fico. com as mantas enroladas. com o vazio que me deixaste quando foste embora a correr numa madrugada de chuva.
se tivesse chegado um bocadinho mais cedo, achas que me davas uma hipotese?
quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Quero não sentir medo. Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais. Viajar até cansar. Quero sair pelo mundo. Quero fins de semana de praia. Aproveitar os amigos e abraçá-los mais. Quero ver mais filmes, ler mais. Sair mais. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto. Quero morar sozinha, quero ter momentos de paz. Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais. Quero ser feliz, quero sossego. Quero me olhar mais. Tomar mais sol e mais banho de chuva. Preciso me concentrar mais, delirar mais. Não quero esperar mais. Quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais. Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente. Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa. Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão. Quero ousar mais. Experimentar mais. Quero menos ”mas”. Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais. E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha.
Fernando Pessoa
Fernando Pessoa
domingo, 6 de janeiro de 2013
[I could offer you a warm embrace]
I know you haven't made your mind up yet
But I would never do you wrong
I've known it from the moment that we met
No doubt in my mind where you belong
I'd go hungry, I'd go black and blue
I'd go crawling down the avenue
No, there's nothing that I wouldn't do
[....]
acho que.
nao. nao pode ser. é apenas imaginação. é a minha cabeça e inventar mais umas quantas coisas para se manter ocupada. mas, e se nao for? mas....
tem que ser. ela nem sequer quer saber. ela esta cega por outra. ela nao se interessa. e eu, se me importo tenho que respeitar.
porque é que tem que ser sempre assim?
se eu me importo tenho é que a fazer ver a verdade. tenho que a fazer ver que ha uma vida muito mais feliz do que esta que ela tenta viver agora. mas nao posso.
se me importo tenho que a fazer entender que ela é tao maior que isto. que ela merece tanto alem disto que tem.
mas nao posso.
tem que ser. ela nem sequer quer saber. ela esta cega por outra. ela nao se interessa. e eu, se me importo tenho que respeitar.
porque é que tem que ser sempre assim?
se eu me importo tenho é que a fazer ver a verdade. tenho que a fazer ver que ha uma vida muito mais feliz do que esta que ela tenta viver agora. mas nao posso.
se me importo tenho que a fazer entender que ela é tao maior que isto. que ela merece tanto alem disto que tem.
mas nao posso.
estupidez!
porque é que estou sempre a estragar as coisas com as pessoas de quem realmente gosto.
quero tanto dizer-lhe uma coisa que nao posso, nem consigo, e acabo por dizer tudo o que nao devo. e ela fica chateada. e eu fico triste.
e é uma merda!
e é uma merda!
sábado, 5 de janeiro de 2013
quantas vezes ja sentiste hoje?
qual é realemnte a distância que nos separa? sao quilometros.... ou sao metros?
se eu olhar para ti sentes alguma coisa?
Compramos e Vendemos Sentimentos - Emotions Market from Francisco Sousa on Vimeo.
segunda-feira, 31 de dezembro de 2012
quinta-feira, 27 de dezembro de 2012
´tudo o que temos cá dentro'
como vês estás sempre presente. é como a ligação entre nós, que receei que nos continuasse a prender. volto a ter-te, e no fundo espero-te cada dia. Há-de existir um momento em que todos partirão e tu continuarás viva.
despertaste qualquer coisa em mim. tens de criar o que é teu.
[...]
temos de dar, finalmente, tudo o que temos ca dentro. escureceu. ja nao estas a meu lado. tenho medo, afinal é tudo um sonho. estou sozinha e tu partiste.
batem as portas em tons...
olho para tras e afinal ainda lá estas. amor.
despertaste qualquer coisa em mim. tens de criar o que é teu.
[...]
temos de dar, finalmente, tudo o que temos ca dentro. escureceu. ja nao estas a meu lado. tenho medo, afinal é tudo um sonho. estou sozinha e tu partiste.
batem as portas em tons...
olho para tras e afinal ainda lá estas. amor.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2012
013
Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo. Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera. Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde. Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. a vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções. A vida é exigente porque é generosa. é dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.
Joaquim Pessoa in ‘Ano Comum’
Joaquim Pessoa in ‘Ano Comum’
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
quinta-feira, 20 de dezembro de 2012
abraça(-me)
"O estado normal de duas almas gémeas é o
silêncio. Não é o "não ser preciso falar" - é outra forma de falar, que consiste
numa alma descansar na outra. Não é a paz dos amantes nem a cumplicidade muda
dos amigos. Não precisa de amor nem de amizade para se entender. As almas
acharam-se. Não têm passado. Não se esforçaram. Estão. É essa a maior paz do
mundo.
Como é que se reconhece a alma gémea? No
abraço.
Quando duas almas gémeas se abraçam , sente-se
o alívio imenso de não ter de viver. A sensação é de sermos uma alma no ar que
reencontrou a sua casa, que voltou finalmente ao seu lugar, como se o outro
corpo fosse o nosso que perdemos desde a nascença."
Miguel Esteves Cardoso
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
[des]concentração
queria escrever sobre esta noite na propria noite. mas nao me sairam as palavras. agora ouço as musicas mas as palavras ja nao saem. ha coisas que nao teem que ser ditas... talvez. mas aquilo que senti a ouvir esta musica foi indescritivel. talvez este texto nunca devesse existir. nunca pensei gostar tanto. devia ser a mais nova naquele sitio. ha minha volta pelo menos nao havia ninguem mais novo que eu. mas nao me importei. nao podemos gostar todos do mesmo nem nas mesmas alturas. ali encontrei uma razao (ou sera uma desculpa?) para me ser dificil encontrar alguem que me 'encaixe'. e falo mesmo a nivel de simples amizade. nao consigo ter um grupo de amigos com que faço tudo e para quem correr quando preciso. tenho pessoas. random. com quem as vezes me apetece fazer coisas e sei que alinham. outras nem tanto. mas poucas pessoas que alinham exactamente nas mesmas coisas que eu.
quando falei no concerto deste Senhor ninguem me entendeu. mas eu fui. porque nao me paro. nao me param. e orgulho-me disso. se estivesse sempre ha espera de quem fizesse coisas comigo teria vivido arrependida a minha vida inteira e quase de certeza que nao estaria onde estou.
felizmente nao me interessa com quem vou. muitas vezes nao interessa onde vou. mas vou.
e ainda bem que nesta noite fui.
agora vou ali ver se durmo e sonhar bem alto com a magia da noite em que o vi pela primeira mas nao pela ultima vez....
ela
chama-me nomes que nao compreendo. nao me conhece de facto. ou entao conhece mais do que penso mas nao quero admitir.
diz que a candura me serve. usa palavras que nao conheco para mim. usa palavras que, depois de conhecer, nao sei porque as usa para mim.
ela é aquela que leio e nao percebo. aquela que leio e so gostava de ter uma explicação logo a seguir para as suas palavras. é aquela com quem me apetece falar. varias veze. é aquela com quem menos falo.
é especial. e nao. nao te amo. nao te amei e sei que nao te vou amar. nem chorar por ti. so te quero ver feliz.
e nao desisto de ti. que és uma candura muito maior que eu.
quinta-feira, 29 de novembro de 2012
a musica que deu nome ao blog. o blog que me deu a voz a mim. a voz dela que sera sempre a melhor. o concerto que, entre tantos (demasiados julgo) foi o melhor de sempre. 3h de paraiso. 3 horas de sonhos. tres horas de tudo. sem me cansar. exactamente aquelas que queria ouvir. e um extra. os melhores. do melhor. amanha escrevo sobre o que senti ontem. que nao tem nada a ver. nem se compara. mas eles sao do melhor. os melhores.
you and i. eu e eles ja fomos a tantos sitios. eles nao sabem. mas é amor que eu sinto por eles. e so por eles. nao amo mais ninguem desta maneira. o meu amor é platonico e é deles. e tambem um bocadinho teu.
que ainda hoje me fazes sangrar.
apaixono.me sempre que a vejo. apaixono-me sempre que sorri. apaixono-me quando lhe ouço a voz. apaixono-me so de a pensar. nunca estive la. nunca lhe estive perto. nunca lhe fui confidente de nada. mas eu apaixono-me por ela so de a imaginar a sorrir.
ela tem, definitivamente, o sorriso mais bonito do mundo. tres pecados num nome so.
é ela. dois pecados numa pessoa so. ela nao sabe que a amo.
amo-te. a ti e a tudo o que te rodeia. a tua luz em dias escuros. a tua vontade em dias claros. ou quando o dia nasce.
es tu.
ela tem, definitivamente, o sorriso mais bonito do mundo. tres pecados num nome so.
é ela. dois pecados numa pessoa so. ela nao sabe que a amo.
amo-te. a ti e a tudo o que te rodeia. a tua luz em dias escuros. a tua vontade em dias claros. ou quando o dia nasce.
es tu.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
sem titulo.
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Álvaro de Campos
Gostar é uma entidade suprema, unica, egoista, incompreensível. é um estado que pertence a cada individuo singular, não há nada mais seu, mais próprio de si mesmo e da sua possessão que qualquer amor que ele sinta. Quando gostas o amor que sentes é apenas teu, aquilo que partilhas com a outra pessoa é uma espécie de imitação, uma tentativa de reprodução, uma ingénua e bonita ilusão de que o outro que também sente compreende o que tu sentes. Nunca vai compreender. Não existe uma verdadeira partilha. Há coisas que se demitem de serem partilhadas e não resultam coisa nenhuma de uma troca recíproca. Gostar não tem relação nenhuma de causa efeito. Deixem lá essas tretas da reciprocidade. Não gostas porque recebeste. Resultam absolutamente do absurdo, do insano que és tu. Gostar tem existência própria, independente. Não gostas porque o outro gosta, não gostas porque o outro dá, gostas porque gostas. Porque não podes contornar isso, não há nada que possas fazer. Gostas. Tem tanto de lógico como o resto das coisas que não se explicam. E o gostar é teu. Irreversivelmente, cruelmente teu. O que existe é a ilusão bonita e necessária, de que cada autista apaixonado consegue compreender o que o outro sente. Mas nunca consegue. Fica a tentativa, a amostra, a representação do que se sente quando se partilha. Inútil tentativa, mas essencial. O amor é egoista. Nenhum amor egoista é suficientemente egoista e portanto bonito se não for ingénuo. E ridiculo e absurdo o suficiente.
[podia devanear sobre isto durante horas. mas nao me apetece. um dia acabo]
hoje queria escrever sobre o que sinto. o que senti ha umas horas. na minha cabeça ha tantas coisas que quero escrever. mas quando agarro na caneta ou me sento aqui ha frente nao sai nada do que quero. amanha vou tentar explicar o que senti hoje. sei que é dificil, porque é tao e somente meu. mas preciso tentar.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
I've been lost | I've been found
Sentir no rosto a brisa salgada que do rio emana, contemplar a minha cidade com um sorriso e uma lágrima ao canto do olho.
Puxo as mangas do meu casaco de forma a encobrirem as minhas mãos, agasalho o pescoço apertando um pouco mais o cachecol, o Inverno lisboeta não perdoa.
Saio em direcção ao Terreiro do Paço. No ar sente-se o aroma a castanha assada; à medida que me aproximo escuto ao longe o fado que pelas ruas da Baixa ecoa.
O meu coração bate desenfreadamente.
Chego ao Terreiro do Paço, onde uma quantidade absurda de turistas ora contemplam o Tejo ora tiram fotografias de si próprios junto à estátua de D. José I. Sorrio, levo a mão ao bolso do meu casaco de onde retiro o meu maço de tabaco e o isqueiro, acendendo um cigarro de seguida. Vou ser cliché, não o sendo: um cigarro pensativo. Muito pensativo.
Caminho em direcção ao Arco Triunfal da Rua Augusta, é impossível não me sentir mínima ao passar pelas suas abóbodas imponentes.
Um turbilhão de emoções assoma o meu peito, um turbilhão de pensamentos a minha mente.
Sem pressa e em passadas pequenas chego ao Rossio, mas não me demoro. Viro então à direita, com destino a Alfama.
Meto-me por ruas e mais ruas, todas aparentemente iguais mas tão diferentes. Demoro o olhar numa das muitas casas antigas, onde à janela um senhor de idade fuma o seu cachimbo, fitando o nada.
Ao seu lado aparece um gato que, descontente pela negligência do seu dono, rapidamente desaparece no fundo negro da casa.
Prossigo caminho. Sinto-me a viajar em piloto automático, vivo na minha mente, analiso as emoções e os sentimentos que esta cidade desperta em mim.
De vez em quando passo por turistas perdidos, que embaraçados lá se decidem a pedir-me direcções. Não consigo evitar pensar que podias ser um destes turistas.
Perder-me-ia contigo, na minha própria cidade, que ja foi nossa.
Cabisbaixa, já com os músculos doridos e o rosto gelado, chego a uma rua sem saída. Admito a mim mesma não saber onde me encontro, mas nem por isso volto atrás.
Vejo ao fundo um arco, uma passagem escura, encoberta pelas sombras dos edifícios. Relutante, caminho até ela, e qual não é o meu espanto ao observar que tal lugar esconde uma das mais belas vistas lisboetas.
Uma varanda de forma quadrada, coberta de azulejos indubitavelmente mais antigos que eu, de onde Lisboa se estende, imponentemente, ao largo do Tejo. Encosto-me às grades ferrugentas, gastas pelo passar dos anos, das estações, das gerações que ali passaram e tal como eu se maravilharam com esta pérola escondida no coração de Lisboa.
Olho para além daquela vista assombrosa, para dentro da minha mente; já não sei quem sou.
Perco-me em memórias distantes, encobertas e gastas pelo peso da era do tempo, em beijos escondidos do mundo, quando tudo o que importava se encontrava entre aquelas quatro paredes; nada mais existia.
Recordo os teus dedos entrelaçados nos meus, a tua respiração contra a minha pele nua. Uma lágrima fugidia que gritava "Não vás, faz de mim a tua casa".
Como é possível sentir ainda tudo isto, olhar para a minha cidade e continuar a sentir o vazio deixado pela inexistência dos teus passos nestas calçadas, do teu olhar atónito e apaixonado sobre as fachadas destes edifícios, do esvoaçar dos teus cabelos ao aproximares-te do Tejo?
Acordo do transe em que me encontrava, ao longe fito uma nuvem escura que ameaça chuva.
De novo em piloto automático, e desta vez completamente alheia ao mundo que me rodeia, percorro o mesmo caminho que até aqui me trouxe. Foi ao chegar à Baixa que a primeira gota de chuva tocou a minha pele, para imediatamente desaparecer entre tantas outras. Sem me importar com a roupa que agora se cola, ensopada, à minha pele, não acelero o passo.
Acendo um outro cigarro que teima em arder, nunca desistindo perante toda a chuva que cai. As metáforas sempre foram o meu forte.
Volto a casa. Olho a colina pela ultima vez, mas nada mais avisto que uma massa disforme de cores.
És uma ilusão. Sempre foste e, enquanto Lisboa não for tua por um dia, sempre o serás.
2010.
domingo, 18 de novembro de 2012
or no.
No matter how many years go by, i know one thing to be as true as ever was - Ill see you soon.”
terça-feira, 13 de novembro de 2012
sol de Inverno
que bom que é voltar assim.
o Sol deixa-me mais feliz. é tudo mais facil quando faz sol.
[it's thirteen baby!]
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
voltei
voltei.
nao tenho fotografias para mostrar.
nem grandes aventuras para contar.
tenho-me a mim e aquilo em que estes dias me tornaram.
mais sã. mais feliz. com saudades disto, portanto, preenchida. por agora.
nao tenho nada de especial para dizer sobre os sitios onde estive, apenas tenho que agradecer as pessoas por terem la estado. e tambem as pessoas que ca estão por me receberem de braços abertos....
afinal, houve ate quem tivesse saudades minhas (ou pelo menos que o tenha dito, se sentiu ou nao nao tenho a certeza....)
eu, confesso, nao tive grandes saudades disto... mas de algumas pessoas sim. por acaso, das mesmas pessoas que me disseram ter saudades minhas. e mais algumas.
ainda bem. sair é bom porque voltar nos trás sempre coisas novas.
e boas. e eu gosto disso.
"Like in Lost in Translation
Please do that!"
nao tenho fotografias para mostrar.
nem grandes aventuras para contar.
tenho-me a mim e aquilo em que estes dias me tornaram.
mais sã. mais feliz. com saudades disto, portanto, preenchida. por agora.
nao tenho nada de especial para dizer sobre os sitios onde estive, apenas tenho que agradecer as pessoas por terem la estado. e tambem as pessoas que ca estão por me receberem de braços abertos....
afinal, houve ate quem tivesse saudades minhas (ou pelo menos que o tenha dito, se sentiu ou nao nao tenho a certeza....)
eu, confesso, nao tive grandes saudades disto... mas de algumas pessoas sim. por acaso, das mesmas pessoas que me disseram ter saudades minhas. e mais algumas.
ainda bem. sair é bom porque voltar nos trás sempre coisas novas.
e boas. e eu gosto disso.
"Like in Lost in Translation
Please do that!"
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
e nao me perguntes nada | que eu nao sei dizer
_ todo este romantismo pessoal gera uma poesia íntima onde mesmo de esterno partido o coração bate sempre |
segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Fala-se ao destino. Falamos ao destino. Falo com o meu destino todos os dias no banho. Gasto água desnecessariamente porque simplesmente é ali que penso mais e melhor. Porque imagino o destino, cruzo-o com os sonhos, divido-o com o meu bem estar. vejo o resultado de olhos fechados com a cara dormente e enrugada pela água quente. o meu destino é igual a....mim. sair da água. Ir à procura. Foi sempre isso que fiz.
vou à procura daquilo que quero. Vou à procura. uso todos os truques, levo head-phones e ouço os Cure sempre que queira, ouço os lcd para andar mais rápido... vou com toda a pop que conheco, ouço tudo, olho nos olhos de quem mais quero e gosto.
Olhos no olhos das pessoas normais que atravessam a rua com os seus sacos de compras para o jantar dos filhos e filhas normais, ou mais normais que aqueles que mais anormais são por se pensarem diferentes. é diferente quem pensa. pensa. pensa. pensa por ti. pensa por ti. eu ganho, tu ganhas, ganhamos os dois. isto não se pára.
Isto não "separa". não separes o que és, daquilo que queres fazer. nunca te separes de ti. nunca deixes de rir com os refrões, nunca deixes de chorar com o cinema paraíso. nunca deixes de chorar quando vês o extreme makeover no people and arts. nunca deixes de chorar quando estás nervoso e só. Nunca deixes de rir.... nunca deixes de te rir quando te lembras da escola e do teu ano 9.
Nunca te esqueças. eu ganho tu ganhas, ganhamos os dois, isto não se pára. isto nao se paga..
sai. sai. sai mais, isto não se pára. vive. Vive. vê mais. sai mais.
nunca penses hoje que ontem não devia ter existido.
nunca deixes. nunca te deixes. isso não se pára. isso não se paga.
vou à procura daquilo que quero. Vou à procura. uso todos os truques, levo head-phones e ouço os Cure sempre que queira, ouço os lcd para andar mais rápido... vou com toda a pop que conheco, ouço tudo, olho nos olhos de quem mais quero e gosto.
Olhos no olhos das pessoas normais que atravessam a rua com os seus sacos de compras para o jantar dos filhos e filhas normais, ou mais normais que aqueles que mais anormais são por se pensarem diferentes. é diferente quem pensa. pensa. pensa. pensa por ti. pensa por ti. eu ganho, tu ganhas, ganhamos os dois. isto não se pára.
Isto não "separa". não separes o que és, daquilo que queres fazer. nunca te separes de ti. nunca deixes de rir com os refrões, nunca deixes de chorar com o cinema paraíso. nunca deixes de chorar quando vês o extreme makeover no people and arts. nunca deixes de chorar quando estás nervoso e só. Nunca deixes de rir.... nunca deixes de te rir quando te lembras da escola e do teu ano 9.
Nunca te esqueças. eu ganho tu ganhas, ganhamos os dois, isto não se pára. isto nao se paga..
sai. sai. sai mais, isto não se pára. vive. Vive. vê mais. sai mais.
nunca penses hoje que ontem não devia ter existido.
nunca deixes. nunca te deixes. isso não se pára. isso não se paga.
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
nao tenho uma frase, mas tenho musica, pasteis Nata e muitas historias para contar. nao tenho nada de muito para dizer, mas para ESTArMOS JUNTaS invento ate musica, e sol, e palavras e sorrisos. porque quando ouço coisas boas te penso e quando te penso ouço coisas boas. e dessa forma estamos juntas. e sem estarmos juntas nos juntamos. e dançamos. e lembramo-nos dos momentos que passamos juntas. e invento momentos contigo. e imagino que dançamos. juntas. eu e tu. tu e eu.
e as vezes perdemo-nos. e ja nao estamos perdidas. e eu so te queria encontrar.
quando me dizes onde?
e as vezes perdemo-nos. e ja nao estamos perdidas. e eu so te queria encontrar.
quando me dizes onde?
um final assim..
é mais facil de entender....
porque em acustico soa sempre melhor.
um final. assim. é mais facil de entender.
um final. assim. é mais facil de entender.
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... Amar!
Amar!
E não amar ninguém! Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida: É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Amar só por amar: aqui... além... Mais Este e Aquele, o Outro e toda a gente... Amar!
Amar!
E não amar ninguém! Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!
Há uma primavera em cada vida: É preciso cantá-la assim florida,
Pois se Deus nos deu voz, foi pra cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada,
Que me saiba perder... pra me encontrar...
Florbela Espanca
domingo, 21 de outubro de 2012
but i.am.free.
i was in the winter of my life, and the men i met along the road were my only summer. at night i fell asleep with visions of myself dancing and laughing and crying with them. three years down the line of being on an endless world tour, and my memories of them were the only things that sustained me, and my only real happy times. i was a singer, not a very popular one. i once had dreams of becoming a beautiful poet, but upon an unfortunate series of events saw those dreams dashed and divided like a million stars in the night sky that i wished on over and over again, sparkling and broken.
but i didn’t really mind because i knew that it takes getting everything you ever wanted and then losing it to know what true freedom is. when the people i used to know found out what i had been doing, how i had been living, they asked me why. but there’s no use in talking to people who have a home. they have no idea what its like to seek safety in other people, for home to be wherever you lay your head. i was always an unusual girl. my mother told me i had a chameleon soul. no moral compass pointing due north, no fixed personality. just an inner indecisiveness that was as wide and as wavering as the ocean. and if i said i didn’t plan for it to turn out this way i’d be lying, because i was born to be the other woman.
i belonged to no one, who belonged to everyone. who had nothing, who wanted everything, with a fire for every experience and an obsession for freedom that terrified me to the point that i couldn’t even talk about it, and pushed me to a nomadic point of madness that both dazzled and dizzied me.
every night i used to pray that i’d find my people. and finally i did, on the open road. we had nothing to lose, nothing to gain, nothing we desired anymore, except to make our lives into a work of art.
live fast - die young - be wild - and have fun.
i believe in the country america used to be. i believe in the person i want to become. i believe in the freedom of the open road. and that motto is the same as ever. “i believe in the kindness of strangers, and when i’m at war with myself, i ride, i just ride.”
who are you? are you in touch with all your darkest fantasies? have you created a life for yourself where you can experience them?
i have. i am fucking crazy. but i. am. free.
but i didn’t really mind because i knew that it takes getting everything you ever wanted and then losing it to know what true freedom is. when the people i used to know found out what i had been doing, how i had been living, they asked me why. but there’s no use in talking to people who have a home. they have no idea what its like to seek safety in other people, for home to be wherever you lay your head. i was always an unusual girl. my mother told me i had a chameleon soul. no moral compass pointing due north, no fixed personality. just an inner indecisiveness that was as wide and as wavering as the ocean. and if i said i didn’t plan for it to turn out this way i’d be lying, because i was born to be the other woman.
i belonged to no one, who belonged to everyone. who had nothing, who wanted everything, with a fire for every experience and an obsession for freedom that terrified me to the point that i couldn’t even talk about it, and pushed me to a nomadic point of madness that both dazzled and dizzied me.
every night i used to pray that i’d find my people. and finally i did, on the open road. we had nothing to lose, nothing to gain, nothing we desired anymore, except to make our lives into a work of art.
live fast - die young - be wild - and have fun.
i believe in the country america used to be. i believe in the person i want to become. i believe in the freedom of the open road. and that motto is the same as ever. “i believe in the kindness of strangers, and when i’m at war with myself, i ride, i just ride.”
who are you? are you in touch with all your darkest fantasies? have you created a life for yourself where you can experience them?
i have. i am fucking crazy. but i. am. free.
terça-feira, 16 de outubro de 2012
novembro
eles veem ca! mais um a juntar ha lista do mes!
Novembro avista-se um excelente mes! tem potencial para vir a ser o melhor deste ano. mas nao vamos criar expectativas!
mas que pelo menos esta noite vai ser assim... espectacular.. isso vai! ;)
e assim se cria a felicidade
sexta-feira, 12 de outubro de 2012
and you caused it
Setting fire to our insides for fun
Collecting names of the Lovers that went wrong
[THE LOVERS THAT WENT WRONG]
And if you're in love, then you are the lucky one,
'cause most of us are bitter over someone.
Setting fire to our insides for fun,
To distract our hearts from ever missing them. But i'm forever missing.
Collecting names of the Lovers that went wrong
[THE LOVERS THAT WENT WRONG]
And if you're in love, then you are the lucky one,
'cause most of us are bitter over someone.
Setting fire to our insides for fun,
To distract our hearts from ever missing them. But i'm forever missing.
é so isto
por entre outros. este foi um belo presente de aniversario! Novembro avista-se um excelente mes.
Obrigada!
Obrigada!
terça-feira, 9 de outubro de 2012
é uma miuda. nada mais que uma miuda. sonha como uma. fala como uma. pensa como uma. é tudo colorido e bonito para ela. para ela no mundo a crise nao pode afectar os corações. para ela o mundo é mais bonito do que aquilo que todos dizem ser. para ela podemos fazer festas todos os dias. esta tudo bem. é paciente e chata. gosta de saber coisas novas e ter coisas para contar. quando nao tem nao se sente bem. gosta de fazer coisas. muitas coisas. demasiadas coisas. precisa de pessoas ha volta se nao nao faz sentido nenhum. diz ela. na verdade, ela so queria uma pessoa ao pe dela. nao sabe quem nem porque. uma pessoa. as vezes pensa que sabe quem quer. mas nao sabe. ela no fundo nao sabe nada. ela no fundo nao quer saber nada. nem ter historias para contar. nem encher-se de gente ha volta. so queria saber o nome da pessoa que quer ter ao lado. so queria contar uma historia. so queria ter alguem. ali. nao todas as pessoas. nao demasiadas pessoas. sem copos e sem festas. era so uma pessoa.
mas ela nao pode. ainda. ela tem que resolver os fantasmas da cabeça dela. ela tem que ganhar paciencia para os seus proprios silencios, so depois os pode partilhar com alguem. ela tem que ter calma e nao querer conquistar o mundo num so dia. "vou conquistar o mundo para poder ter o mundo para te dar"-diz ela. ela tem que aprender a dar menos. ela tem que aprender a receber. ela ainda tem tanto que aprender que as vezes parece uma menina. mas ela ja é mulher. dizem.
uma menina com historias de mulher. uma menina com feridas de mulher. uma menina que ja viveu tanto que as vezes se esquece daquilo que ja passou. daquilo que ja sofreu. daquilo que ja riu. das viagens que ja fez. e das pessoas que ja lhe passaram ha frente. da diferença que fez e faz na vida das outras pessoas. "o teu sorriso ilumina esta sala e mais algumas aqui ha volta" - a sala era o coliseu. e o sorriso dela era o mais puro e sincero de sempre. daqueles sorrisos de menina que raramente se veem em mulheres. nunca mais me esqueço.
ela esquece-se de demasiadas coisas. ela perde-se demasiadas vezes.
[Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz.]
a primeira vez que li isto foi em 2008. lembro-me bem. lembro-me em quem pensei quando o li. lembro-me de o sentir como se nao existisse mais ninguem no mundo que eu pudesse amar assim. como se nao fosse esquecer nunca. em 2010 voltou a fazer sentido. e a historia repetiu-se. e eu voltei a encontrar esta frase. em 2012 toda a gente conhece e ja toda a gente contou ate três baixinho ao som desta musica.
em 2012 volto a contar ate três. nao sei porque mas fico-me sempre pelo 2. sempre. digo baixinho um. digo ainda mais baixinho dois. e o três ja nao sai.
será por isso?
Mesmo assim, quero ver te sorrir...
E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três
Se quiser ser feliz.]
a primeira vez que li isto foi em 2008. lembro-me bem. lembro-me em quem pensei quando o li. lembro-me de o sentir como se nao existisse mais ninguem no mundo que eu pudesse amar assim. como se nao fosse esquecer nunca. em 2010 voltou a fazer sentido. e a historia repetiu-se. e eu voltei a encontrar esta frase. em 2012 toda a gente conhece e ja toda a gente contou ate três baixinho ao som desta musica.
em 2012 volto a contar ate três. nao sei porque mas fico-me sempre pelo 2. sempre. digo baixinho um. digo ainda mais baixinho dois. e o três ja nao sai.
será por isso?
nao, nao é porque faço anos. nao é porque sinto a idade a passar por mim e eu na mesma. nao sinto a idade a passar por mim. ainda. nem me sinto na mesma. ninguem é a mesma pessoa de ontem. nem da semana passada. nem do outro ano. vemos sempre mais. falamos sempre mais. temos outras coisas para contar e isso faz de nos pessoas diferentes. nao me sinto a mesma. acho que as historias que tenho para contar agora ja nao me metem piada. ja nao teem a piada que tinham antigamente. porque quando contamos as mesmas coisas varias vezes elas deixam de ser engraçadas. e eu ja nao quero mais ter piada. quero falar de outras coisas. fazer outras coisas. crescer e sentir que estou a fazê-lo. sentir a idade a passar por mim. talvez. acordar e nao me arrepender. ou pelo menos, acordar e lembrar-me. fazer alguma coisa pelo meu bem estar. fisico e emocional. comecei ontem. nao. antes de ontem. era domingo e apesar de dizerem que temos tendencia para esperar pelo inicio da semana para começar algo eu quis contrariar isso. era domingo e eu quis começar de novo. comigo propria. eu e eu. tal como o nome deste sitio. me, myself and i. as vezes parece que somos mesmo três. outras vezes parece que somos mais. mas isso nao é desculpa. eu sou eu e nao ha espaço para mais ninguem. e quem esta ha volta tambem nao se interessa com isso. ontem foi segunda e comecei outra coisa. pelo meu bem-estar e porque preciso muito. o desporto sempre fez parte e mim e tinha mesmo que voltar a fazer. e isto nao interessa nada a ninguem senao a mim mesma. mas escrevo-o porque preciso de me lembrar de certas coisas de vez em quando. (re)comecei no domingo. corri na 2a. hoje mentalizo-me. amanha faço anos.
e foi tudo coincidencia.
segunda-feira, 8 de outubro de 2012
domingo, 7 de outubro de 2012
decora rita
queria dizer que aprendo. queria dizer que hoje vi algo que nunca pensei ver. queria dizer que nao quero ser mais esta pessoa. nao quero mais estar aqui. estar aqui e ser esta pessoa ja nao é para mim. hoje quero dizer que nao vou voltar a fazer o mesmo. mais do mesmo. nao vou. nao quero. nao me apetece. ja nao me chega. nao serve para nada sem ser arranjar chatices. nao me quero chatear mais. hoje quero dizer que nao me apetece acordar sem memoria. nao me apetece nao saber das coisas. e hoje quero dizer tambem que nao interessa nada o que estou para aqui a dizer. porque so tenho que dizer a mim mesma. basta. hoje basta. para mim basta. e hoje é so isto rita.
acabou-se rita. nao digas mais nada. acabou.
nao quero mais finais complicados. nem quero que se chateem. nem quero que deixem de fazr o que for so porque eu estou. nem quero que deixem de ir. nao quero ser a pessoa que evitam. nao quero ser a pessoa que faz as palhaçadas todas. so depende de mim. control. nao quero perder o controle outra vez.
basta rita. decora.
sábado, 6 de outubro de 2012
quinta-feira, 4 de outubro de 2012
hoje
hoje vou ouvir aquelas musicas que nao ouço ha seculos, e que pensei nunca ter oportunidade de ouvir ao vivo... hoje vai ser giro voltar a lembrar-me dos tempos em que ouvia estas musicas e em como era diferente. era tao inocente. e as musicas falavam uma linguagem diferente daquela que eu propria hoje falo. e eram para pessoas que hoje ja nao faz sentido nenhum pensar nelas. mas penso. porque as memorias sao aquilo que faz de nos o que somos hoje. e as memorias quando ouço estas musicas deixam-me de sorriso nos labios. e eu gosto disso. e nao me importo por ja nao partilhar estas musicas com as mesmas pessoas. partilho com outras. e sou muito feliz por isso.
porque as memorias tambem nos fazem perceber o quanto crescemos e que afinal estamos diferentes (que as vezes esqueço.me de quantos anos ja tenho).
as memorias sao boas, e eu vou sorrir com elas.
domingo, 30 de setembro de 2012
Ana. Rita. Clara
"É estranhamente confortável escrever sobre Ana Rita Clara.
Escrever sobre Ana Rita Clara é escrever sobre todos nós, os que nunca tivemos uma.
Voltar atrás no tempo. Relembrar tudo.
As borbulhas.Os fracassos todos.
Escrever sobre Ana Rita Clara é escrever sobre mim próprio. Sobre as
cartas de amor que foram ficando no meu bolso.
Escrever sobre Ana Rita Clara é perverso, mas carinhosamente
ternurento.
Quase romântico.
Ana Rita Clara é tudo ao mesmo tempo.
Ana. Rita. Clara. Três maldições numa.
Qualquer uma capaz de nos partir a vida ao meio. Um erro tremendo.
Uma estúpida noção de perfeição.
Ana Rita Clara é a melhor das mortes. Serve-se com Bourbougne.
Minuto e meio de Van Morrison.
Não antecipes o refrão. Espera que o faça, e acompanha-a.
Ana Rita Clara é a miúda do banco da frente.
O sorriso de menina que não deveria ter um dono.
Os olhos pequenos. Perfeitos.
O melhor dos fins.
Escrever sobre Ana Rita Clara é perverso, mas carinhosamente ridículo.
Quase patético.
Uma estúpida noção de infantilidade.
Não querer crescer nunca.
Ana Rita Clara é o melhor dos destinos. Serve-se com a sorte necessária.
Minuto e meio já seria perfeito.
Não antecipes nada. Espera que esteja distraída e quem sabe tenhas sorte.
Oferece-lhe os teus apontamentos.
Volta atrás no tempo. Relembra tudo.
Chama-lhe Ana. Rita. Clara.
Diz-lhe que é tudo ao mesmo tempo.
Que o seu sorriso não deveria ter um dono.
E que é estranhamente confortável escrever sobre isso."
encontrei isto num blog que descobri nem sei como.
e porque é mesmo isto, tive que partilhar.
sábado, 29 de setembro de 2012
let's set the world on fire!
"Tenho no fundo do meu armário,
restos teus e daquela noite de inverno
em que quiseste um outro nome
e um corpo mais, juntado aos nossos .
Fica sempre qualquer coisa em nós, quando nos morre alguém de perto. Alguém á nossa porta.
Tu, que és hoje um crime e adoras a ideia, és não mais do que o pó das palavras, que dissemos um ao outro.
De nada te valeu o melhor vestido ou aquele aliciante hálito a vinho velho, que trazias em fim de tarde.
Não te valeram de nada tantos dias e tantas noites, em que o deixaste no meu quarto cada parte desse corpo, que ainda hoje admiro,desejo e recordo.
Estás longe.
E onde quer que estejas, não lamentes...
Lembras-te quando te colavas ao meu corpo e olhos nos olhos, me pedias que a teu lado, incendiasse o mundo?
Comecei por ti. "
terça-feira, 25 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
do fundo do baú...

vamo.nos esquecendo. aos poucos. e a memória para onde vai? onde é que podemos guardar o coração a bater mais forte. Onde se guarda a excitação de ouvir as chaves na porta. Onde se guarda o som dos risos que me enchem os olhos de lágrimas. vamo-nos esquecendo. vou.me esquecendo de tudo....estou demasiado tempo sem sonhar. sonho pouco. não gosto demasiado dos sonhos pois mal me habituo à boa sensação de sonhar lembro.me que tenho memórias. as memórias são....fade into you. estás aí quando leres isto? estás aqui quando te ler os olhos. quero agarrar.me. quero respirar-me. quero deixar-me respirar. quero agarrar.te. quero respirar-te. olho.te para que me indiques o caminho. o verdadeiro caminho. aquele caminho que nunca mais quero que termine. estranha a sensação de não sentir. o cansaço é tanto que já não me importo com o facto de poder perder. nada em concreto, apenas perder. estou tão cansada que quando fecho os olhos vejo sons. estranho misturarmos os sentidos.. o meu pé agora começou a tremer inadvertidamente. não o consigo parar. curioso o corpo poder fazer o que quer sem que eu o controle. como as emoções que não conseguimos controlar.como quando explodimos. como quando amamos. não se controla. não me quero controlar. quero só guardar o coração a bater mais forte e dizer-lhe que já é hora de dormir. para sempre. pouso o pé no chão. deixo de tremer. tenho pouca memória no computador. tenho demasiada memória dentro de mim. gostava de nao olhar tanto para traz. a memoria faz parte de mim. as recordações fazem parte de mim. vivo do passado. vivo da melancolia que ele me da. vivo de ti. vivo demasiado na minha cabeça. vivo porque te quero. quero.te ver bem. quero ver-te sorrir.
[hei.de te amar
ou então hei-de chorar por ti
mesmo assim
quero ver.te sorrir.]
segunda-feira, 30 de julho de 2012
quarta-feira, 11 de julho de 2012
terça-feira, 10 de julho de 2012
Mo chuisle
faltam-me smepre as palavras quando quero escrever sobre alguem. faltam-me as palavras proque escrever sobre pessoas que me sao importantes é-me dificil. ha pessoas sobre as quais escrevo sem problemas. ha outras para as quais nao tenho palavras. tenho gestos. tenho musicas. tenho sorrisos. tenho abraços. tenho o sol e a chuva. tenho o ceu e o tecto que partilhamos. tenho tudo o que ela me quiser. tenho tudo o que lhe posso dar porque ela merece. tenho tudo o que me é permitido dar-lhe. ela tem sorrisos para me retribuir. ela tem uma das personalidades mais fantasticas que ja conheci em alguem. ela é uma menina grande. ela é muito grande. e eu sou uma menina oa lado dela. as vezes gostava de ser mais ocmo ela. ela ensina-me sem saber. ela ensina-me coisas e partilha historias comigo. as vezes nao me sinto ha altura dela. ela é fofinha. ela é querida. ela compreende-me e aceita-me (ou diz que sim). ela atura-me como ninguem. para mim ela é a pessoa mais paciente do universo. e mais querida tambem. e eu nao sei o que o tempo nos vai fazer, nem dar, nem alterar. mas uma coisa eu sei, venho o tempo que vier que ela sera smepre parte de mim. venha o tempo que vier que eu estarei com ela (mesmo nao estando no mesmo sitio). venha o tempo que vier, ela é e sera sempre especial.
o tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
venha o tempo que vier eu estarei sempre com tempo para ela. venha o tempo que vier, o tempo com ela é melhor.
[You're original,
Cannot be replaced
If you only knew
What the future holds
After a hurricane
Comes a rainbow]
ela. nao tenho palavras para ela. apenas que gosto dela de uma maneira muito especial e particular. gosto muito dela.
gosto muito de ti. e gosto muito de te mimar. e gosto muito que sejas mimada. e sou a miuda mais feliz do mundo por viver no Arsenal de paneleirisse mais Lindo de sempre. ;)
o tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem. o tempo respondeu ao tempo que o tempo tem o tempo que o tempo tem.
venha o tempo que vier eu estarei sempre com tempo para ela. venha o tempo que vier, o tempo com ela é melhor.
[You're original,
Cannot be replaced
If you only knew
What the future holds
After a hurricane
Comes a rainbow]
ela. nao tenho palavras para ela. apenas que gosto dela de uma maneira muito especial e particular. gosto muito dela.
gosto muito de ti. e gosto muito de te mimar. e gosto muito que sejas mimada. e sou a miuda mais feliz do mundo por viver no Arsenal de paneleirisse mais Lindo de sempre. ;)


vou trabalhar cerca de 12 horas por dia, segundo dizem. podem ser mais, podem ser menos. mas vai ser muito. vai ser tudo em muitas quantidades. por isso vai ser tudo muito bom. espero.
vai ser so uma semana, mas vou aprender para o resto da minha vida.
ha um ano nao me imaginava nem a metade do caminho. amanha estou la.
posso ficar feliz hoje. apesar de ser o unico fim de semana em que queria mesmo era estar em portugal a ver as bandas da minha vida. nao se pode ter tudo. e ha oportunidades unicas. e eu mereço ficar feliz hoje.
segunda-feira, 9 de julho de 2012
ha falta de palavras minhas partilho as palavras dos outros, que hoje fazem sentido.
“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros páram, acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês Homens…
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…”
Gabriel Garcia Marquez-carta de despedida
“Se por um instante Deus se esquecesse que sou uma marioneta de trapo e me oferecesse mais um pouco de vida, não diria tudo o que penso, mas pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas não pelo que valem, mas pelo que significam.
Dormiria pouco, sonharia mais.
Entendo que por cada minuto que fechamos os olhos, perdemos 60 segundos de luz.
Andaria quando os outros páram, acordaria quando os outros dormem.
Ouviria quando os outros falam e como desfrutaria de um bom gelado de chocolate…
Se Deus me oferecesse um pouco de vida, vestir-me-ia de forma simples, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, mas também a minha alma.
Meu Deus, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre gelo e esperava que nascesse o sol.
Pintaria com um sonho de Van Gogh as estrelas de um poema de Benedetti, e uma canção de Serrat seria a serenata que oferecia à Lua.
Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos seus espinhos e o beijo encarnado das suas pétalas…
Meu Deus, se eu tivesse um pouco mais de vida, não deixaria passar um só dia sem dizer às pessoas de quem gosto que gosto delas.
Convenceria cada mulher ou homem que é o meu favorito e viveria apaixonado pelo Amor.
Aos Homens, provar-lhes-ia como estão equivocados ao pensar que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saberem que envelhecem quando deixam de se apaixonar.
A uma criança dar-lhe-ia asas, mas teria de aprender a voar sozinha.
Aos velhos, ensinar-lhes-ia que a morte não chega com a velhice, mas sim com o esquecimento.
Tantas coisas aprendi com vocês Homens…
Aprendi que todo o mundo quer viver em cima de uma montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a encosta.
Aprendi que quando um recém-nascido aperta com sua pequena mão, pela 1ª vez, o dedo de seu pai, o tem agarrado para sempre.
Aprendi que um Homem só tem direito a olhar outro de cima para baixo quando vai ajudá-lo a levantar-se.
São tantas as coisas que pude aprender com vocês, mas não me hão-de servir realmente de muito, porque quando me guardarem dentro dessa maleta, infelizmente estarei a morrer…”
Gabriel Garcia Marquez-carta de despedida
domingo, 8 de julho de 2012
hoje
hoje podia dizer muitas coisas. hoje tenho muitas palavras na minha cabeça. hoje tenho demasiado na minha cabeça. hoje nao me consigo expressar. hoje foi so mais um dia. hoje ja esta a acabar. amanha uso palavras. hoje fico com o silêncio e as palavras da minha cabeça. e tudo aquilo que podia dizer mas nao digo porque nao vai fazer diferença nenhuma. com o tempo acabei por me ir conformando a algumas situações. hoje conformei-me. nao ha palavras.
ate amanha.
ate amanha.
quarta-feira, 4 de julho de 2012
do que é platonico.
que sou uma pessoa de vicios ja aqui o admiti por varias vezes. que sou uma pessoa de paixoes acho que nunca admiti mas da para perceber. que sou louca e sonhadora quem me conhece sabe-o. e que consigo misturar todas estas caracteristicas percebo agora que tambem é possivel.
o que é platonico sempre me foi muito presente. amores e paixoes platonicas. coisas que nunca vou ter mas que na minha cabeça teem toda uma historia fenomenal, que pode durar apenas alguns segundos, mas teem.
sou uma apaixonada pelo belo das coisas. pelo melhor que nem todos conseguem ver. pelo minimo pormenor que faz toda a diferença. pelos 'je ne sais quois'. apaixono-me muito facilmente, nem que seja por 3 segundos apenas.
o que é platonico é chato porque normalmente nunca passa disso. e dura 3 segundos apenas. o chato é quando dura mais do que isso. e esta mesmo ali a um passo de se tornar real, e nao conseguimos. por falta de coragem, por medo ou simplesmente por teimosia. estava ali. esteve ali durante muito tempo. e depois ja nao esta. e ja nao vai voltar a estar. e ai percebemos que podiamos ter agido um bocadinho diferente e percebido o que se passava. ou entao nao. mas pelo menos tinhamos agido.
mas agora ja foi. todo aquele tempo acabou. 3 segundos.
e o que era platonico e devia ter ido embora tambem em 3 segundos acabou por ficar.
who's that chick é a pergunta que faço a mim propria sempre que penso naquele dia.
agora nunca saberei quem é. mas durante aquelas horas foi tudo.
Fade in. Fade out.
conto ate 3....
o que é platonico sempre me foi muito presente. amores e paixoes platonicas. coisas que nunca vou ter mas que na minha cabeça teem toda uma historia fenomenal, que pode durar apenas alguns segundos, mas teem.
sou uma apaixonada pelo belo das coisas. pelo melhor que nem todos conseguem ver. pelo minimo pormenor que faz toda a diferença. pelos 'je ne sais quois'. apaixono-me muito facilmente, nem que seja por 3 segundos apenas.
o que é platonico é chato porque normalmente nunca passa disso. e dura 3 segundos apenas. o chato é quando dura mais do que isso. e esta mesmo ali a um passo de se tornar real, e nao conseguimos. por falta de coragem, por medo ou simplesmente por teimosia. estava ali. esteve ali durante muito tempo. e depois ja nao esta. e ja nao vai voltar a estar. e ai percebemos que podiamos ter agido um bocadinho diferente e percebido o que se passava. ou entao nao. mas pelo menos tinhamos agido.
mas agora ja foi. todo aquele tempo acabou. 3 segundos.
e o que era platonico e devia ter ido embora tambem em 3 segundos acabou por ficar.
who's that chick é a pergunta que faço a mim propria sempre que penso naquele dia.
agora nunca saberei quem é. mas durante aquelas horas foi tudo.
Fade in. Fade out.
conto ate 3....
segunda-feira, 2 de julho de 2012
quando se esta bem é mais dificil escrever. quando se esta bem ri-se mais do que se fala. sonha-se muito. faz-se muito. quando estou bem nao sei o que escrever. sinto-me uma adolescente quando escrevo sobre coisas boas, por isso prefiro nao as escrever. vivo. sonho. sonho a viver e vivo a sonhar. quando se esta bem as palavras sao mais dificeis de encontrar. quando estou bem custa-me encontrar palavras. canto e danço que nem uma maluquinha. e isso nao da para pôr aqui. por isso fico so a dançar e a cantar, nem que seja so na minha cabeça.
estou bem. e feliz. e gosto de assim estar.
estou bem. e feliz. e gosto de assim estar.
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