segunda-feira, 9 de junho de 2008

PLáGiO I

"se dormes por aí, penso-te por aqui. . .


e penso nos cabelos que deslizam pela almofada que moldas com a tua cabeça. suave. e o calor que emana do teu corpo. olho.te a dormir. Olhar alguém a dormir revela quase sempre coisas impossiveis de observar noutras situações. Olhar-te a dormir. Toda a história que transportas, o que pensas. A maneira como respiras, deslizando entre ti o ar que sai sem se notar... E o cheiro da tua pele que invade o teu redor. Se dormes por aí queria que soubesses que estou aqui a pensar por ti. Oiço o Elvis Costelo, North, um senhor disco para um senhor compositor. Sonhamos juntos, mesmo que apenas um durma. Sonhamos sempre juntos não sonhamos? é essa a essência das coisas, sonhos a dois. Eu sonho a um. Penso que um dia deveria acreditar mais nos meus sonhos. lutar por eles como fazia quando tinha 16 anos. Ou 20. Ou 23. Depois como evoluir dos anos fui-me desligando dos meus sonhos. não me deslumbro tão facilmente. Por isso os finais de noite do Clinic são sempre mais intensos. Deslumbramo-nos com a música alta. Canções pop que nos fazem acreditar. abrir braços. Volto ao teu sono. aos sonhos. e os pesadelos que quero que acabem rapidamente. dou.te a mão. aperto-te o peito para que te consiga proteger das más imagens que por momentos o teu cérebro produz. Abraço-te comigo. dou.te o meu coração. o bater do meu coração. bate desordenadamente, quase sempre desordenado. tenho um sopro ligeiro, sabias disso, que não me faz ser regular. gosto de imaginar melodias com a batida do meu coração. é incerta. é unica e faz-me acalmar,tal como quando escuto as tuas palavras com as sílabas todas. gosto das palavras completas. como o amor, só assim faz sentido. meaning of life. . ."

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