sexta-feira, 27 de junho de 2014

Making the days count




Estou a aproveitar a minha vida aqui. Acordar quase todos os dias num sitio diferente, mesmo que as vezes seja repetido, é algo que me faz gostar de viver aqui. Há que aproveitar as coisas boas que isto me trás, e viajar é das melhores de todas!
Tenho aproveitado os meus dias, entre praia e tours, explorar sítios, alugar scooters, perder-me, encontrar-me, ou simplesmente parar e respirar cada sitio onde estou, ouvir o que me rodeia e observar a paisagem. Assim o tempo passa mais rápido. Assim consigo fazer os meus dias valerem a pena. E quando vou trabalhar sei que pelo menos fiz o que havia a fazer naquele sitio, o meu dia esta completo, e tenho trabalhado mais feliz. porque á coisas mais importantes.
aqui nao tenho folgas, tenho horas livres que me perimtem fazer o que gosto, mas ha sempre uma hora para regressar e ir trabalhar... trabalhar todos os dias tambem nao é facil. mas aprende-se a lidar com o ritmo. e a aproveitar melhor as horas em que nao se trabalha para se fazer o que gosta. ou inventar coisas para fazer.

A vida no barco continua a mesma, apenas temos de continuar positivos e aproveitar cada dia. So isso. Sem grandes pretensões, sem grandes pensamentos, sem grandes planos. Ou sem planos nenhuns.
Um dia de cada vez.

Karma?




Hoje parti o telemóvel. Sem querer. Porque estava a tentar mandar uma mensagem á pressa. Num acto repentino e de vontade súbita de te dizer que tenho saudades tuas o telemóvel caiu-me da mao e partiu-se.
Não consegui enviar a mensagem. Ao que parece também não recebes os meus postais. Tenho saudades tuas. Muitas. Hoje não te consegui dizer. Espero que saibas.
Aqui tenho pensado muito em ti. Em tudo o que não foi nosso. Em tudo o que sei que nunca poderia ter resultado, mas mesmo assim para mim continuas aqui, em mim. Sempre no meu pensamento. Penso-te muito. Mais do que em qualquer outra pessoa. Estranho.
Não recebes os meus postais e parti o telemóvel quando te queria mandar mensagem. Não sei o que se passa, mas não pode ser bom. Portanto… é melhor parar quieta.


segunda-feira, 23 de junho de 2014

Comecei a amar-te no dia em que te abandonei.
 Foram as palavras dele quando, dez anos depois, a encontrou por mero acaso no café. Ela sorriu, disse-lhe “olá, amo-te” mas os lábios só disseram “olá, está tudo bem?”. 
Ficaram horas a conversar, até que ele, nestas coisas era sempre ele a perder a vergonha por mais vergonha que tivesse naquilo que tinha feito (como é que fui deixar-te? como fui tão imbecil ao ponto de não perceber que estava em ti tudo o que queria?), lhe disse com toda a naturalidade do mundo que queria levá-la para a cama. Ela primeiro pensou em esbofeteá-lo e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, de seguida pensou em fugir dali e depois amá-lo a tarde toda e a noite toda, e finalmente resolveu não dizer nada e, lentamente, a esconder as lágrimas por dentro dos olhos, abandonou-o da mesma maneira que ele a abandonara uma década antes.
Não era uma vingança nem sequer um castigo – apenas percebeu que estava tão perdida dentro do que sentia que tinha de ir para longe dali para ir para dentro de si. Pensou que provavelmente foi isso o que lhe aconteceu naquele dia longínquo em que a deixara, sozinha e esparramada de dor, no chão, para nunca mais voltar. 
De tudo o que amo és tu o que mais me apaixona. Foram as palavras dela, poucos minutos depois, quando ele, teimoso, a seguiu até ao fundo da rua em hora de ponta. Estavam frente a frente, toda a gente a passar sem perceber que ali se decidia o futuro do mundo. Ele disse: “casei-me com outra para te poder amar em paz”. Ela disse: “casei-me com outro para que houvesse um ruído que te calasse em mim”. Na verdade nem um nem outro disseram nada disso porque nem um nem outro eram poetas. Mas o que as palavras de um (“amo-te como um louco”) e as palavras de outro (“amo-te como uma louca”) disseram foi isso mesmo. A rua parou, então, diante do abraço deles. 

Pedro Chagas Freitas in "Prometo Falhar"

sexta-feira, 20 de junho de 2014

Mykonos

Hoje tive o melhor dia de todos desde que cheguei aqui. Dois meses e um dia depois de aqui entrar posso dizer que tive um dia mesmo perfeito!
Paramos em Mykonos e ja sabia que as melhores praias eram do outro lado da ilha, portanto aluguei uma mota e decidi ir... Sozinha. Sem perceber nada da língua (alguns sinais teem tradução para ingles, é o que basta).
So eu e a mota alugada. Uma ilha linda e muito sol. Sorri como já não sorria ha muito. Ja não me lembrava que quando ando de mota ate canto! Cantei. Alto. Muito. Perdi-me e encontrei-me. E fui a uma praia linda! Tive um dia perfeito e nem me importei de voltar ao barco.
Afinal foi graças a ele que pude ter este dia, e conhecer aquela praia linda. Ha que ver o lado positivo das coisas.

quarta-feira, 18 de junho de 2014

El Negro Piñera




É Chileno e irmão do ex presidente, la na terra dele diz que é famoso e que canta… aqui tem so a mania que é grande. Esta em lua de mel, tem para ai 50 anos e a mulher nova tem 21.
Não sou preconceituosa e considero-me ate bastante open minded, já fiz muitos disparates, assisti a outros e vi muita coisa acontecer…. Mas.. estas coisas fazem-me sempre impressão.


ai esta o casal sensaçao do momento ca no barco, so para terem uma ideia do que sinto sempre que os vejo a beijarem-se...
pois.

tempo



O que é o tempo afinal?
Aqui as horas andam para tras e para a frente e ninguém sequer nos pergunta o que poderíamos ter feito nessa hora… é estranho, de repente uma hora da nossa vida esta perdida. De repende, em vez de 1h da manha já são 2h. e passados uns dias andamos para tras de novo. Mas quem disse que eu quero essa hora agora? Não a posso usar noutra altura? Não posso usar essa hora quando for a Lisboa por exemplo?
O tempo é estranho. Esta coisa de as horas andarem para tras e para a frente sem que ninguém se preocupe com o que podia ter feito nessa hora ou o que não quer fazer por as horas se estarem a repetir ainda me faz impressão.
Quanto tempo temos afinal se as horas estão sempre a mudar? Para que serve o tempo se de repente tenho de mudar o meu relogio e.. la se foi mais uma hora.
Há coisas que, de facto, não são para ser explicadas, nem entendidas… nem o que raio! É deixar tar.



2

rabiscos e mais rabiscos em cima de um mapa.
so isso.
e o tempo. que parece que nao passa.
2 meses. so. ja. ainda. nem sei bem.

rabiscos.

segunda-feira, 9 de junho de 2014



Num dos eventos da Edie, sim, a do rabo grande, ouvi-os falar de uma senhora que esta ca há mais de 6 meses a viver. A Edie perguntava admirada se alguém sabia o porque de ela continuar aqui e não ir a casa. Um dos directores contou-lhe que um dia em conversa com ela ela lhe disse que tinha uma filha com cancro, mas que não queria vê-la. Nunca conseguiu explicar muito bem o porque nem o verdadeiro motivo de uma mãe não querer ver a filha, ainda por cima quando esta tem uma doença que lhe pode tirar a vida. E tirou mesmo.
E esta mae nem sequer foi ao funeral da filha.
Quando o ouvi a contar isto nem queria acreditar. Ainda para mais porque conheço a senhora e ela é um amor.  Não consigo perceber que motivos estarão por detrás de tal atitude. Uma mae que não vai sequer ao funeral da filha é forte.
Quero acreditar que esta senhora gostava muito da filha e não queria vê-la sofrer, talvez por isso se ter afastado durante a fase terminal.
 Quero acreditar que ela disse á filha o quanto gostava dela, apesar de nunca falar nisso.