sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

Aquele Domingo.


tudo dorme ainda. alguns nao se deitam. ja estive nos dois lados da moeda. nao sei qual os dois mais gosto. 

sonhei que desistia de tudo. sabemos que deitados nada é real. tudo nos aparece. tudo decidimos da mesma forma. mas nada e palpável. nada se faz.

acordei como de costume nestes dias. com coisas na cabeça. algumas esqueço-as. outras nao. 


agarro-me ao tempo. ele que nos escapa. com tempo as coisas fazem-se. por isso aqui estou eu a escrever nao sei o que e nao sei para quem. mas para mim. para poder dizer que fiz.

no sonho desistir era ser feliz. contudo, nao sei se existiam gaivotas.


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

 porque ha musicas que nos fazem descer ainda mais fundo. 

quando as memorias se atravessam a nossa frente.

sem sabermos bem se vivemos ou nao o que estamos a ver. como o desejo que nao sabemos se existe ou nao. se é o ego a pedir que o corpo viva um pouco mais. acima de tudo e de todos. onde se guarda a excitaçao do momento. deixei de sentir isso.

hoje senti mais que ontem. desta vez nao senti. nunca mais senti. sem ti. 

a barriga a viver por nos. como o ego que quer sempre mais de nos. 

insasiavel loucura. 

ganha-se e perde-se. pistas nunca antes dançadas. jogos nunca antes jogados. estradas nunca antes conduzidas. praias nunca antes mergulhadas. cabelos nunca antes tocados.

o ego quer sempre mais. o ego insasiavel, como um vulcão em ebulição. mesmo a tua frente. a loucura na mao direita e o devaneio na mao esquerda. aquele que nunca descansa. 

e tu que nunca sais de ti. porque custa mais do que ficar. nao fazes nada que nao te apeteça fazer. nem sonhas mais com coisas boas. 


como os rios descontrolados que invadem as margens. a vida que nunca foi vivida. 


uma semana de efemérides.

mais uma semana de trabalho. a ouvir o que será o futuro. nao o de muito longe. mas aquele ja aqui ao lado


de manha o sol. de noite a lua. dormimos e acordamos. nos dias que cumprem a sua função. 

depois ha a vida que se vive. depois a vida que se espera ter. 

depois as pessoas que conhecemos e que passam por nos. todos os dias. todas as vidas. 

quantas vidas se escondem por trás das vidas que nos cruzam pela frente. 

os medos. as frustracoes e as vivencias. 

as peles que tocaram. as peles que tocamos. os cheiros de cada um de nos. 


sexta-feira, 5 de novembro de 2021

sexta-feira

Da semana trago o cansaço. O corpo a não descansar quando se deita e fecha os olhos. Da semana trago a alegria do reencontro. da semana trago o sal do mar nos lábios. o frio do corpo que mergulha. a testa que rompe a onda suave e fria. intensa. da semana trago-te a ti. da semana trago o sal das lágrimas juntas.

a vida que nos dê tudo. e seguimos aqui. 

Da semana trago-me a olhar em frente.

aos poucos a névoa passa. 



terça-feira, 2 de novembro de 2021

33

todos temos paginas em branco que se motivam com as paginas mais negras da nossa existência

do coração nada levamos, apenas a batida. aquela que nos bombeia o sangue. 

é isso mesmo, a raiva precisa de mais batidas por minuto. o amor também. 

todos temos paginas por escrever, quanto mais nao seja inspiradas por aquelas que mais nos custa lembrar.


as nuvens estao cada vez mais perto de nos. tudo esta nebuloso. o calor húmido que faz colar a roupa ao corpo. a cabeça também esta colada.

esta tudo filtrado.

a luz do sol escondida. tempo de trovoada. 

devia ter conseguido dormir mais. 

Tenho 33 anos. 







domingo, 31 de outubro de 2021


 

 E agora? O que fica?

Para onde vai isto tudo que tinha guardado aqui para te dar?

O que é suposto fazer?

Deste-me tao pouco, eu sei… culpa minha que tenho esta mania de multiplicar tudo.

Multiplico e tu divides. Subtrais. E eu so multiplico.

Quero-te tanto. Nem eu sabia o que estava aqui dentro.

Foi como uma rastilho para a pólvora. E que pólvora. Dinamite dentro de mim sempre que te penso.

Fecho os olhos e estas aqui. Arrepias-me. Abro os olhos e estas la. Com ele.

Que tortura.

Preciso da tortura para não te pensar. Para não te gostar.

Tortura-me e deixo de gostar de ti. Diz-me que és feliz e deixo de gostar de ti.

Diz-me que não. So mais uma vez. E deixo de gostar de ti.

Queria tanto que fosse assim, fácil.

O que é que se faz ao que tinha aqui dentro, para ti?
tinha tanto. Demasiado. E mesmo assim nunca o suficiente.

Insuficiente. 

quarta-feira, 5 de maio de 2021

Cola UHU

 Sobrevivemos.

A primeira dor no coração dói, mói e remói. Faz e desfaz tudo por dentro, mas não mata. Parte algumas coisas em caquinhos, e é verdade que há quem passe o resto da vida de cola UHU a postos. 

A primeira, e todas.

Cada gesto novo, um colar dos cacos.

É a vida. A vida é assim mesmo, um dia agente chega e noutro vai embora. 

Não há nada mais popular que um coração partido, arranjado. Desarrumado. Colado.




é tudo muito simples, nada simples e ao mesmo tempo muito simples. 



Matilde Campilho


 

Thank you


 

If i could tell you

 Time will say nothing but I told you so,

Time only knows the price we have to pay;

If I could tell you I would let you know.


If we should weep when clowns put on their show,

If we should stumble when musicians play,

Time will say nothing but I told you so.


There are no fortunes to be told, although,

Because I love you more than I can say,

If I could tell you I would let you know.


The winds must come from somewhere when they blow,

There must be reasons why the leaves decay;

Time will say nothing but I told you so.


Perhaps the roses really want to grow,

The vision seriously intends to stay;

If I could tell you I would let you know.


Suppose the lions all get up and go,

And all the brooks and soldiers run away;

Will Time say nothing but I told you so?

If I could tell you I would let you know.


W.H. Auden

quinta-feira, 29 de abril de 2021

2020

 Frequentar a própria casa. 

A aventura do ficar. Ir andando comigo mesma.


Isto ensinou-nos que nao sabemos nada. Porque a vida vem e faz o que quer. De repente vemos todos os nossos projectos parados, a nossa vida parada. Sem liberdade. Sem capacidade de mudar. 


É preciso parar. Saber parar. Viver. 

Nos somos o sitio que nos faz falta. Gosto muito da solidão. Não fazer nada. 

Ficar só quieta. 

não pensar em nada ja é outra coisa muito diferente.

tento não estar a ler. não ouvir. não estar a ver uma serie. não estar a mexer no telemóvel.

o telemóvel tirou-nos a capacidade de nao fazer nada. de olhar pela janela. Mas é importante esta capacidade de nao fazer nada. Contemplar. Parar. 

O campo tem-me ajudado muito nisso. Contemplar. Parar. Ser paciente. Esperar. 

A terra ensina-nos esta coisa. Se queres comer tens que cuidar e ser paciente. esperar que a fruta cresça e fique pronta para a desfrutar. A vida também é assim. as vezes é preciso ser paciente e esperar que a vida nos deixe prontos para passar por determinadas coisas. 

Gosto muito do campo. Também gosto muito da cidade. Mas nao sei se quero voltar para la. Sou bicho do mato. mas também gosto muito de pessoas. Gosto da surpresa. Permitir as pessoas entrarem e conhecê-las. surpreendo-me sempre. 

O ultimo ano passou muito rápido, apesar de haver momentos que passaram muito devagar. 

As horas passam, o tempo é outro. 

O tempo também passa muito pelo coração. 

No campo as horas passam devagar, o tempo... esse já vai mais rápido.



segunda-feira, 26 de abril de 2021

thanks for the high life




Canções de amor falam de uma vida a ser vivida de pés no ar.

Quase ninguém nota, mas o que ama sim. Estar apaixonado é estar muito mais devoto da leveza.

Ter amor por perto é rir.

A condição do voto é rir.

Amar pelo menos naquele estado de high life é só querer dizer o nome dela.

Ser tudo you you you.


MC



 

quarta-feira, 14 de abril de 2021

post-it



"Porque uma carta de amor não diz necessariamente "eu amo-te". Se disser é bónus. Mas uma carta de amor pode ser só um recado que diz "Saí. Trago laranjas para o pequeno-almoço de amanhã".




O "amo-te" é sempre um bónus. "




Matilde Campilho

terça-feira, 13 de abril de 2021

Todos. Nenhum

 O sentido da vida.

Cada vez mais me deparo com esta questão e a falta de uma resposta.

Não há certamente uma só resposta, e não há certamente um só sentido.


E com certeza é diferente para cada um de nós, e essa é a dificuldade. Fazer com que entendam que o nosso sentido de vida e caminho não é igual ao deles.

e às vezes até nós próprios temos dificuldade em entender e aceitar o caminho daqueles que nos são mais próximos. Ou por não concordarmos ou por pensarmos que aquela pessoa pode e merece mais e melhor. Mas pensarmos isso não significa que possamos influenciar ou julgar as escolhas deles.


Ao longo da minha vida sinto que fui mudando de caminhos, também porque fui mudando de opiniões e a minha forma de ver e viver a minha vida. E isso, para mim, não está errado. Para mim errado está quem nunca arrisca e quem nunca decide procurar mais e melhor.

Não significa que esteja a julgar ou a achar que a minha forma é melhor que a dos outros. E dessa forma também não espero que me julguem ou me entendam.


Espero que se adaptem e respeitem, da mesma maneira que o faço. 

Se há uns anos o meu maior sonho era viajar o mundo, ter um negócio próprio, expandi-lo, conquistar o mundo e ser milionária. Hoje em dia o meu propósito de vida está muito longe disso. E isso não significa que tenha estagnado, ou me tenha conformado ou muito menos que tenha desistido. Muito pelo contrário, a capacidade de admitir e adaptar o nosso propósito e sentido de vida deve ser desmistificada. Poder mudar de carreira, de objetivos, de sonhos.

Não significa deixar de sonhar, não significa deixar de ser ambicioso. Significa apenas maturar e entender que pode haver muito mais além daquilo que queríamos há 5, 10 ou 15 anos atrás. Ou pode haver menos. Podemos ser felizes e completos com menos. Podemos ser felizes e completos com algo que nunca pensamos antes.


Experimentar, mudar, arriscar e entender.

Qual o sentido da vida.

Todos. Nenhum.

Não sei.

Só sei que quando se torna demasiado difícil ou complicado então se calhar não vale a pena ir por ali. Não, não falo em desistir à primeira, ou à segunda… Mas talvez não deixar que a nossa procura por um propósito e uma carreira se sobreponha a nós próprios. 

Um bocado como no amor. Se é difícil, nos faz mudar quem somos e o que queremos, então não é amor e não merece o nosso tempo.


Pára. Para.

 


é preciso parar e entender quem somos agora, e não aquela que éramos quando começámos a seguir os nossos sonhos.

porque depois começamos a lutar e esquecemos para onde queríamos ir.


sexta-feira, 9 de abril de 2021

 


Mais cedo ou mais tarde morrerei. talvez seja isso que necessito. ter sempre esta ideia em mente. isto em mente. 

não deixar que esta ideia me escape. me saia. que me esqueça

ter a noção clara que estou aqui de passagem. passar por aqui e ser um normal mortal. nunca deixar de tentar. creio que fui feito para chegar mais longe. duvidas, tenho-as. mas sei o que quero. sempre soube.

Quero ter mais. ser mais. 

Como uma segunda pele. Como parte de mim.

Se quero mais vou à luta. Lutar até ao fim. mais cedo ou mais tarde deixo de existir. e comigo levo a tristeza do último segundo de vida. deve doer. sempre pensei nisto. os últimos segundos devem doer muito. tanto que não sobrevivemos. 

Quero mais. quero lutar mais. não desisto. faço. tudo farei. tudo farei. tudo. farei.

para que a palavra desistir não seja presença nas minhas memórias. mais cedo ou mais tarde terei saudades da hora em que escrevo isto.  e essa é a maior das forças. forço um pouco mais. não desisto. resisto. resisto-me. até a ultima dor. 

a vida é uma. desistimos em tudo na vida. dos amores. das rotinas. das coisas boas da vida. das mas também. desistimos todos os dias. todos os dias desistimos. 

da vida não desistirei, mas nos segundos finais prometo que não sentirei dor.


Post, 2012. 

NG


Correr ate mesmo quando o coração para.

 

O coração para, eu continuo a correr. ate que as pernas percam o seu ultimo estimulo.

Mal de nós que nao sintamos amor. isso sim é um problema.

Mal de nos 

Mal de nos que nao nos abracemos e que nao estejamos um@ ao lado d@ outr@ quando necessitamos.

Mal de nos que nao haja amor. 


Queria dormir menos e viver mais.


Minuto 4.51.


Até voas. Disse el@. E eu, eu voei.






quinta-feira, 1 de abril de 2021

O amor também é uma coisa estranha. O amor forte raramente é fácil. Faz-nos muitas vezes dar voltas que nunca pensámos. Coloca-nos em caminhos que não achámos possíveis. Sinuosos e difíceis de percorrer. Faz-nos, muitas vezes, ter medo do que vem a seguir. Faz-nos pensar e questionar muito daquilo que tínhamos como adquirido. Faz-nos tomar decisões que não entendemos. E que, até, nem queremos.


O amor também é uma coisa estranha. Muitas vezes difícil. Rodeado de interrogações. Pejado de medos e fantasmas. De muros que não deixamos desconstruir. De bagagens de tempos passados, carregadas de falhanços acumulados.


Mas não tem de ser. O amor não tem de ser um drama. Não tem de doer. Não tem de fazer sofrer por antecipação. Não tem de ter todas as respostas. O amor tem de ser a segurança do hoje, com a esperança do amanhã. Tem de ser o querer decidido. A paixão urgente. O beijo ardente. O abraço carente.


O amor é hoje. Não vale cruzar os braços e aguardar que passe.
O amor é hoje. E não vale condenar o presente com medo de não saber de cor o futuro.



terça-feira, 30 de março de 2021

FYI

 Artigo 13.º

(Princípio da igualdade)



Um icone.


Como é que eu não conhecia esta mulher?

Fran Lebowitz's é tudo aquilo que eu quero ser! Que cabeça! que mulher!

Tenho pena de so a ter 'conhecido' agora e por causa da Netflix.

"Let me tell you what smells horrible on the L train: The passengers."

Pergunto-me quantos mais génios cheios de opiniões andam por ai e eu não conheço. 

“How would I describe my lifestyle? Well let me assure you, I would never use the word lifestyle.”

Mas a Fran... a Fran é simplesmente incrível.

"One thing about leaving your apartment is there's so many other people out there. The great thing about my apartment, aside from the fact that it's a great apartment, is that I control if there are other people in it."

Curiosa por ler os livros agora.

https://www.bustle.com/entertainment/fran-lebowitz-quotes-from-pretend-its-a-city-that-made-martin-scorsese-laugh





 

segunda-feira, 29 de março de 2021

one more


Do you think i can have one more kiss?

I’ll find closure on your lips and then I’ll go.
Maybe, also one more breakfast, one more lunch and one more dinner.
I’ll be full and happy and we can part.
But in between meals, maybe we can lie in bed one more time.
One more prolonged moment where time suspends indefinitely as I rest my head on your chest.
My hope is if we add up the one mores it will equal a lifetime
and I never have to get to the part where I have to let you go.
But that’s not real, is it?
There are no more 'one mores'.
I met you when everything was new and exiting and the possibilities of the world seemed endless.
And they still are, for you, for me, but not for us.
Somewhere between then and now, here and there, I guess we didn’t just grow apart, we grew up.
When something breaks, and the pieces are big enough, you can fix it.


I guess sometimes things don’t break, they shatter, but when you let the light in, shattered glass will glitter.


And in those moments, when the pieces catch the sun, I’ll remember just how beautiful it was. Just how beautiful it will always be, because it was us, and we are magic, forever.




domingo, 28 de março de 2021

sábado, 27 de março de 2021

A memória.


Como se lida com a memória?
Como controlamos os pensamentos?

Como ter a certeza que a forma como nos lembramos das coisas ou das pessoas é real e não aquilo que queremos pensar que é real?

Como controlar o arrependimento? Será que algum dia o vou conseguir tirar da cabeça?

Mas e aqueles minutos antes de adormecer em que as memórias decidem aparecer?
E aquelas palavras que ficam em repeat na minha cabeça porque as disse no momento errado? E aquelas que ficaram presas na garganta porque nunca as cheguei a dizer?

Sabem aquelas palavras que nunca saiem? As vezes bastas 15 segundos, já a discussão terminou, viramos costas ou decidimos abraçar-nos e não falar mais nisso. Mas é nesse momento que o nosso argumento mais válido ganha vida e as palavras começam a aparecer na nossa cabeça. E já é tarde demais. Merda.

Resolver a minha vida e avançar. Muito bonito na teoria. Na prática diria que até está a correr bem.

Mas penso que devia falar e ter algum fim a isto. Mas... para que mexer no passado?

Os minutos antes de adormecer em que sou só eu e o silêncio. Mas em que tantos momentos ainda me acompanham e me deixam acordada mais do que devia.
Preciso só fechar os olhos e continuar a fechar as gavetas das recordações que não me deixam dormir.
Não faz sentido. Já não sou aquela pessoa, já não estamos nas mesmas situações e estamos todos a avançar com as nossas vidas.
Como é que se desliga isto?




Tempo

 O que é o tempo?

estamos sempre tão preocupados com o tempo. 

Não perder tempo, aproveitar o tempo, fazer o tempo contar. 

Para quê? Para esquecer? 


Somos aquilo que fazemos com o nosso tempo. Esse tempo que vale mais que qualquer dinheiro do mundo (disseram-me uma vez), para depois me dizerem que já não queriam mais tempo. 

As contradições da vida. Do tempo. 

Esperar. Não esperar. Aproveitar o tempo. Viver o agora. Ser perseverante. Garantir o futuro. Viver o agora. Planear. Investir. Viver o agora. 


Nunca entendi. Há coisas que não são para entendemos.

Nada dura para sempre


Será mesmo que não?

E as memórias para onde vão?
Os momentos, os pensamentos, as cartas, as fotografias, as mensagens, os e mails.

Serei a única que não esquece? Sério só eu a pensar que é possível sim eternizar alguém, algo, dentro de nós.
Neste blog estão muitas histórias e referências que me trazem tantas memórias, e que eu quero e faço questão que vivam para sempre.
Não significa que eu seja ainda a pessoa que escreveu aquilo, ou viveu essas memórias. Felizmente todos mudamos, maturamos, resolve-mo-nos.
Gosto de voltar aqui, de me re-ler, de pensar ‘a sério que escreveste isto Rita? Que ridícula!’. Mas fico sempre com um sorriso e uma boa memória para o resto do dia. Porque aquilo faz parte de quem sou hoje, porque o que fomos e fizemos nos trás aqui, ao agora.

Tenho tentado viver mais o agora, mas e as recordações... para onde vão?

Sempre que penso alguém esse momento e essa pessoa vivem comigo. Para sempre.

Espero nunca vir a ter Alzheimer.

 


[o beijo que era teu, eu não dou a mais ninguém]