terça-feira, 13 de abril de 2021

Todos. Nenhum

 O sentido da vida.

Cada vez mais me deparo com esta questão e a falta de uma resposta.

Não há certamente uma só resposta, e não há certamente um só sentido.


E com certeza é diferente para cada um de nós, e essa é a dificuldade. Fazer com que entendam que o nosso sentido de vida e caminho não é igual ao deles.

e às vezes até nós próprios temos dificuldade em entender e aceitar o caminho daqueles que nos são mais próximos. Ou por não concordarmos ou por pensarmos que aquela pessoa pode e merece mais e melhor. Mas pensarmos isso não significa que possamos influenciar ou julgar as escolhas deles.


Ao longo da minha vida sinto que fui mudando de caminhos, também porque fui mudando de opiniões e a minha forma de ver e viver a minha vida. E isso, para mim, não está errado. Para mim errado está quem nunca arrisca e quem nunca decide procurar mais e melhor.

Não significa que esteja a julgar ou a achar que a minha forma é melhor que a dos outros. E dessa forma também não espero que me julguem ou me entendam.


Espero que se adaptem e respeitem, da mesma maneira que o faço. 

Se há uns anos o meu maior sonho era viajar o mundo, ter um negócio próprio, expandi-lo, conquistar o mundo e ser milionária. Hoje em dia o meu propósito de vida está muito longe disso. E isso não significa que tenha estagnado, ou me tenha conformado ou muito menos que tenha desistido. Muito pelo contrário, a capacidade de admitir e adaptar o nosso propósito e sentido de vida deve ser desmistificada. Poder mudar de carreira, de objetivos, de sonhos.

Não significa deixar de sonhar, não significa deixar de ser ambicioso. Significa apenas maturar e entender que pode haver muito mais além daquilo que queríamos há 5, 10 ou 15 anos atrás. Ou pode haver menos. Podemos ser felizes e completos com menos. Podemos ser felizes e completos com algo que nunca pensamos antes.


Experimentar, mudar, arriscar e entender.

Qual o sentido da vida.

Todos. Nenhum.

Não sei.

Só sei que quando se torna demasiado difícil ou complicado então se calhar não vale a pena ir por ali. Não, não falo em desistir à primeira, ou à segunda… Mas talvez não deixar que a nossa procura por um propósito e uma carreira se sobreponha a nós próprios. 

Um bocado como no amor. Se é difícil, nos faz mudar quem somos e o que queremos, então não é amor e não merece o nosso tempo.


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