quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Do Amor

Quando estamos apaixonados o tempo nasce-nos do peito.
Não há sono, não há fome.
Não há nada.
Entre nós e o que nos move.

Inventamos o tempo.
Às vezes é por coisas que pensamos que sim, mas que afinal, não!
O trabalho, o carro, o sofá.
Mas não!
Quando estamos apaixonados fazemos o amor.
Porque o amor não existe.
O amor tem de ser feito!
Não é na cama, contra a parede, no balcão da cozinha.
Não, não é coisa física. Isso começa por F.

Pode ser ao longe,
do outro lado do mundo.
Fazer o amor é dar. Mais, do que há em nós.
O amor é olhar para o outro.
É estar atento.
O amor é esquecer que existimos.
É parar o tempo.
É fazer like, um smile, um asterisco. Duas teclas apenas.
O amor é um vómito. Que projectamos sem pensar.
Amar é ser louco. É não querer saber.
O amor é sem juízo. É ter medo. E ainda assim avançar.

O amor é um momento.
Amar é criar. Porquê?
Sem razão!
É dar sem pedir.
Amar é ser livre.
Sem asas, voar!
O amor é uma dor. Que custa a parir.
O amor é descarado. O amor é um grito.
Uma festa. Um banquete. Uma ópera.

São luzes de mil cores.
É uma algazarra!
Fazer amor é ter tempo. É dar atenção!

Tudo o resto é F…



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