Silêncio. Já disse. Quantas vezes tenho de repetir. SIlêncio, volto eu a pedir. A pedir-me. Perdi-me já...
As praias sempre me fascinaram. O sol e o mar claro. Coisas que não conseguimos esquecer ou não escolher, caso estejam perto. Nas praias sempre me fascinou o barulho constante das pessoas. E ao fundo o mar. Mas o barulho mais presente. Tão presente que só se nos concentrarmos muito o escutamos. Primeiro nivel de concentração, escutamos as pessoas mais perto. Que falam de outras pessoas, Depois mais longe sotaques, diversos tipos de sotaque. Depois mais longe, já não sei bem o quê, e ainda mais longe no ulitmo nivel de concentração escutamos a tal fusão de sons. O som da praia. O som inaudível da praia... Que se esconde mas que sempre lá habitou. Será esse ruido que nos faz descansar? Será isso? e o silêncio? Onde está na tua vida espaço para o silêncio? Rende-te uma vez à tentativa de não reagires, de te deixares ir simplesmente pelo silêncio. Não ligues ao som do telefone. Não ligues, que nada vai mudar. Esquece-o por um ou dois dias..ou so por algumas horas…….diz-me o que sentes... o que ouves? Nada. Não oiço nada. Minto, oiço os Cure. Silêncio avassalador que não deixa margens para grandes ruidos. A música dos Cure aqui respira como nunca. Como dizem os entendidos/apreciadores de vinho - "Deixa o vinho respirar" - sempre amei esta frase. DEIXA OS CURE RESPIRAR.
abro a janela.
O silêncio do escuro da vista negra que me cobre os olhos é mais forte que tudo.
Silêncio… Silêncio… Silêncio… Silêncio…
Silêncio,repito-o vezes sem conta. O vento que corre através da minha face e me arrepia... Esse mesmo vento em vez de quebrar o silêncio alimenta-o ainda mais.
Silêncio….. aqui neste lugar só se escuta um barulho.
Silêncio…. sozinha… abraço-te.
Silêncio. Uma vez mais.
Silêncio. Escuta-se um so barulho.
O meu coração.
terça-feira, 17 de junho de 2008
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