Há dias em que simplesmente me quero perder, em que me quero esquecer de quem sou e para onde vou….
Há dias em que só quero escutar. Perceber cada oscilação na voz, cada gargalhada, cada hesitação, cada palavra pronunciada….
Há dias em que quero parar e apenas observar, ver e conhecer. Olhar mais fundo e perceber. Aprender cada sorriso, cada olhar, cada movimento…
Há dias em que só quero sentir. Esquecer o pensar e deixar-me levar…
Há dias assim, em que percebemos a beleza dos pormenores, das características intrínsecas, das maneiras de ser únicos e incomparáveis…
Há dias em que amo o simples. Em que amo a beleza da alma descoberta…
Porque há dias em que adoro o que não tenho, em que quase abraço o impossível. Porque há dias em que me sinto assim, apaixonada por nada e, no entanto, por tudo.....
E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendência para ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual.
…Tudo me interessa e nada me prende….
segunda-feira, 23 de junho de 2008
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