quinta-feira, 7 de março de 2019

Memories

"...
Lembras-te? Ou sabes-me de cor?
E tu sabes. I’m still here. Para ficar! Porque és o meu vício! És a vontade que me corre nas veias! És o querer que não me sai do corpo! És o pensamento pecaminoso e o querer urgente! És o meu desassossego infernal. A ideia que se me perpetua na mente. És aquilo que busco incessantemente. És o que me rouba a sanidade restante. O que me acalma se tenho por perto. O que me apazigua se se aproxima. O que, simultaneamente, me entorpece e enlouquece.
E sempre foste o meu sítio. O meu porto de abrigo. A minha guarida.
Dê as voltas que der. I’m still here. Trace os caminhos que traçar. Rume onde rumar. Há sempre um sítio que é o nosso. Aquele onde estamos protegidos do mundo. Aquele que nos faz aninhar. Aquele que nos completa e preenche. Aquele onde um beijo só é superado por um abraço. Tu és o meu. E eu o teu.
Por isso be sound. Mantém-te firme naquilo que também procuras. Naquilo que não se vê, apenas se sente. Não se mede, não se pesa, não se toca, não se cheira. Sente-se! Naquilo que realmente é importante e que acontece num plano não palpável. Não visível. Que é de dentro. Que é o que transborda sem se ver.
Que é o que nos move. Ou que nos deveria mover. Sorry, never been too good at happy endings…"
Rita leston

Life

"Como estás? Está tudo bem? Como têm sido os teus dias?

Algumas das mais básicas perguntas que eu queria conseguir fazer-te. Provavelmente as de mais difícil resposta: se verdadeira!
Perguntas que não tens de me fazer. Perguntas às quais tu sabes de cor as respostas.

"Como estás?" - Estou viva, ainda respiro. Vou levando a vida a sorrir por fora.

"Está tudo bem?" - Não, não está. Faltas-me tu aqui. Falta-me um pedaço de mim. Faltam-me as linhas por onde vou escrevendo a vida. Falta-me a letra da minha música. Falta-me o cheiro dos dias. Faltam-me as cores do arco-irís que vejo pela janela. Falta que a chuva me molhe e que o sol me consiga aquecer.

"Como têm sido os teus dias?" - Iguais uns aos outros. Vazios de tanta coisa. Preenchidos com um tudo que pouco importa. 

Perguntas básicas que eu gostava de te conseguir fazer. 

"Olá, meu amor. Como te aguentas tu?"

- Rita Leston -

645

Quero guardar-te,
Quero que nunca morras,
Quero que exista sempre alguém como tu
Por séculos e milénios a cada seu tempo um “eu”,
Que és tu,
Com diferentes nomes e formas, mas sempre a mesma alquimia.
Frágil e inquebrável.

Quero imortalizar-te,

Quero fazer-te arte,
Quero dar o melhor de mim,
Quero ser artista perdida de feitiços
Enamorada dos encantos das curvas do teu rosto,
Deambulando por tons de flores delicadas e virgens
e contrastes fortes como olhares de rapina,
intensos de vigor e agressividade de quem subitamente mata.

Quero mostrar-te, 
Quero ver-te como és,
Quero conhecer-me na tua história,
Quero que te encontres em mim.
Quero ficar aqui,
Quero partir,
Na verdade nem sei o que quero, se não for a ti.

Voltar

Este espaço esteve suspenso durante demasiado tempo.
A verdade é que a vida passa e acabamos por dar importância a outras coisas, a tentar esticar o tempo para conseguir fazer tudo ou o máximo que se quer e que nos faz mais felizes.

Estive mais de um ano sem vir aqui, e já nem me lembrava do meu log in.

Foi um ano que passou rápido. Entretanto já tenho 30 anos, um cão, estou fase de transição de emprego e pondero seriamente comprar uma casa.
Demasiadas coisas sérias e de adultos.


Este espaço sempre foi o meu escape, um sítio para sonhar e dizer tudo aquilo que não é suposto dizer em voz alta.
Uma coisa boa nisto da idade é que nos deixamos de importar com o que dizemos em voz alta, mas também acabamos por sonhar menos.


Não quero sonhar menos, por isso volto.


Não sei com que assiduidade ou para dizer o que, mas já passei por tantos testes de segurança para recuperar a conta agora hei-de dar-lhe alguma utilidade.