sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Prometo falhar.

Sem hesitar. Prometo ser humano, aqui e ali ser incoerente, aqui e ali dizer a palavra errada, a frase errada, até o texto errado, aqui e ali agir sem pensar, para que raios serve pensar quando te amo tão desalmadamente assim? Prometo compreender, prometo querer, prometo acreditar. Prometo insistir, prometo lutar, descobrir, aprender, ensinar. Tudo para te dizer que prometo falhar. E Deus te livre de não me prometeres o mesmo.
«Foste a maneira mais bonita de errar.»
E ela sentiu a respiração a faltar, hesitou como nunca tinha hesitado, quis pensar aquilo tudo, colocar todas as possibilidades nos pratos da balança, mas quando deu por si não disse «quero tanto mas deixa lá», quando deu por si estava a pensar em como conseguira deixar de pensar, um ou dois segundos de ela própria, o amor só existe quando nos oferece pelo menos um ou dois segundos de nós próprios.
«Se voltas a falhar juro que te amo para sempre.»
E ela falhou.

domingo, 23 de novembro de 2014

É mais ou menos isto. Uma confusão. Uma baralhação. Um turbilhão de ideias e de quereres. Um misto de saudade desinquietante e vontade urgente. Um digo-não-digo, faço-não-faço, um vou-não-vou. Um apetece-me-tanto-mas-não-pode-ser. Um eu-não-te-deixo-ir-embora-mas-não-te-peço-para-vires. Uma mistura de sentimentos polvilhada com um punhado de sensações. Uma junção de desejos imaginários ornamentados por sonhos reais.
 Um emaranhado de paixão urgente e amor calmo.
 Tu e eu somos uma confusão.
Calmamente desinquieta.
Gritantemente calada.
Quando se ama, naquele exacto segundo em que se ama, tem de se acreditar que é para sempre. Mais: tem de se ter a certeza de que é para sempre. Amar, mesmo que por segundos, mesmo que por instantes, é para sempre. E é isso, essa sensação de segundos ou de minutos ou de dias ou de horas ou de anos ou meses, que é para sempre. Ama. Ama por inteiro. Ama sem nada pelo meio. Ama, ama, ama, ama. Ama. Porque é só por aquilo que te faz perder a respiração que vale a pena respirar.

Prometo falhar.

Sem hesitar.
Prometo ser humano, aqui e ali ser incoerente, aqui e ali dizer a palavra errada, a frase errada, até o texto errado, aqui e ali agir sem pensar, para que raios serve pensar quando te amo tão desalmadamente assim?
Prometo compreender, prometo querer, prometo acreditar. Prometo insistir, prometo lutar, descobrir, aprender, ensinar.
Tudo para te dizer que prometo falhar.
E Deus te livre de não me prometeres o mesmo.
 «Foste a maneira mais bonita de errar.»
 E ela sentiu a respiração a faltar, hesitou como nunca tinha hesitado, quis pensar aquilo tudo, colocar todas as possibilidades nos pratos da balança, mas quando deu por si não disse «quero tanto mas deixa lá», quando deu por si estava a pensar em como conseguira deixar de pensar, um ou dois segundos de ela própria, o amor só existe quando nos oferece pelo menos um ou dois segundos de nós próprios.
 «Se voltas a falhar juro que te amo para sempre.»
 E ela falhou.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

domingo, 9 de novembro de 2014

comigo serás sempre tu.

e é por isso que vens, sem voltar.
e eu estou, sem ficar.


sábado, 8 de novembro de 2014

queres?



Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

domingo, 2 de novembro de 2014

Perdi-te.

Perdi-te.
mas na verdade nunca te tive.

Encontrei-me.
e percebi que no fundo estava sempre aqui.


A ignorância é uma bençao.


Quanto menos sabemos menos queremos. 
E quanto menos queremos mais felizes somos.
Nós, os sonhadores. Nós, os que buscam incessantemente matar essa sede sem àgua e essa fome que não é de comida. Nós, os que procuram diariamente o caminho para se encontrarem. Nós, os que se perdem para não serem encontrados. Nós, os que olham as estrelas e querem ir mais alem. Nós, os que sorriem ao por do sol porque sabem que hoje fizeram tudo e amanha ha mais a ser feito. 
Nós, que podemos nao saber ainda para onde vamos... Mas vamos.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

1, 2, 3...


Sun is up, I'm a mess
Gotta get out now, gotta run from this


sábado, 25 de outubro de 2014

I am lost.

para quê voltar?
para onde voltar?

cada vez mais entendo que nao pertenço a lado nenhum.
a ninguem.

para quê voltar?
para onde voltar?

ja so penso em partir outra vez. nao para o barco. mas partir.
porque esta tambem nao é a minha casa.
porque nao tenho lugar nenhum.
porque nao tenho ninguem. e porque nao sei lidar com isso.

entao vou. preciso ir de novo. porque nao consigo lidar com esta coisa de nao pertencer a lado nenhum.


um dia. talvez me habitue a isso. mas nao quero.
nao ser. nao pertençer. nao saber.
ir. para onde? nao sei. mas vou. porque ainda nao é aqui.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Into the Wild.


"Some people feel like they don't deserve love. They walk away quietly into empty spaces, trying to close the gaps of the past." 

Into the Wild*


 I'm leaving.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

das missoes impossiveis


[Há sítios que ela não usa
Por não saber que estão cá
Há mares que ela não cruza
Por não ser eu a estar lá]

[É de mim que ela precisa Para lhe dar o que não quer]
Esta morena não corre quando a chamo para mim.

mas mesmo assim... eu hei-de sempre tentar correr para ela.
até que ela me mande embora de vez.
porque ela tem paixao no olhar.
e corpo com sede de quente, mas que nao sente calor.

ela nao sabe bem, mas eu no fundo sei.

[quando o véu lhe cai
Quando o calor lhe vem
Sempre que a noite quer
Sonha comigo também]

note to self II


Sabe, o apego é como segurar com bastante força. Mas o amor genuíno é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam. Não é ficar preso com força. Porém é muito difícil para as pessoas entenderem isso, porque elas pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demonstra que elas se importam com o outro.”
Qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que poderemos ser preenchidos pelo outro será certamente muito complicado.”

note to self.

"Sob a vida, sob o Sangue, sob o coração de todos os homens vivos uma outra vida, imensurável e secreta, pulsa e essa é que é talvez a vida verdadeira."

"Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos(...) queremos dizer quero e dizemos não posso(...) queremos dizer amor e não nos chega a língua."
 "Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas"

Porque às vezes "(...) não cabemos nas palavras."

"Sonhar é uma forma de conhecer o mundo."

"Pedra sobre pedra (...) o muro de todos os silêncios lentamente foi crescendo. E agora vai alto, muito alto. Temos de nos juntar."

"...deixar o coração bater o mais que puder, satisfazer a valer todas as paixões."

"finjo que estou bem... sinto-me logo melhor."



 Cultivamos esperançosamente o sonho e a imaginação não porque queremos deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas filhos melhores para o nosso mundo.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ainda de Quarentena.

Comi todas as palavras e fiquei deliciada com a refeição!


"Atenção. A realidade tem vindo a aumentar. Várias pessoas têm sido contaminadas com o síndrome de realite e há registos de certas individualidades com realite crónica, ou realitose, dos quais já só se pode esperar o pior. Os mais alarmistas falam mesmo numa epidemia. Quem está doente fica incoerente. Ninguém está imune. Atenção. A realite avança. Toda a imaginação está a ser tomada como um acto de resistência. É necessário treinar as ideias e os pensamentos. É necessário procurar um Grande Encontro. É necessário caminhar numa direcção impossível.
Atenção. Levem convosco todos os sentimentos clandestinos. Levem os vossos livros e tudo o mais cuja matéria seja semelhante à dos sonhos. Sobretudo não se esqueçam das palavras. Levem as palavras nas mãos, levem as palavras no olhar, lembrem-se de que nem só na boca vivem as palavras. Lembrem-se que as palavras não são todas transparentes e que podem conter um gesto incendiado, um tremor, uma maré. Atenção. Inventem as vossas palavras. E inventem também o silêncio. O silêncio que nos afasta e nos aproxima. O silêncio das incertezas, das interrogações, dos gritos. O silêncio da agitação.
Atenção. No nosso silêncio estamos de QUARENTENA.
E de tantos silêncios está a construir-se uma palavra."

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

sempre a aprender. Mainada!





Quarentena.

ir ao teatro, infelizmente, nunca fez muito parte das minhas rotinas. mas vai fazendo cada vez mais. e é so isso que interessa.
hoje fui ao teatro sem saber ao que ia. numa descoberta que me disseram em que me ia perder. numa aventura para a qual nao pude preparar-me.
um teatro diferente onde nos levaram para fora da sala de teatro, onde nos deram de jantar e onde nos fizeram encontrar muitas pessoas pelo caminho. 40 actores no total. uma orquestra no meio de um barracao. um barracao no meio do nada.
emocionei-me porque as palavras que usavam faziam-me todo o sentido. emocionei-me de ver aquelas pessoas orgulhosas do que faziam. emocionei-me do texto que foi tao bem escrito. emocionei-me. e vou lá outra vez.

palavras e silencios. amanhã e hoje. sentimentos e vazios. procuras e perdas.


[a morte nao saberá onde encontrar aqueles que andam sempre à procura]

sábado, 18 de outubro de 2014

full of stars


[And I don't care
Go on and tear me apart]


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

begin again

gosto de filmes com boas bandas sonoras.
e gostei deste. nao sei bem porque.

Seis.


o fim. o inicio. pausa. reticências. até já.

[maybe one day i'll fly with you]

domingo, 12 de outubro de 2014

Eles.


 Eles não me conhecem bem. Eles não sabem quase nada de mim. Eles partilham comigo memórias e experiências que aqueles que me conhecem nao terão oportunidade de fazer. Juntos vivemos coisas que nunca pensámos. Juntos fazemos tudo. Comemos. Trabalhamos. Bebemos. Passeamos. Dormimos. Viajamos. Exploramos. Perdemo-nos. Encontramo-nos. Juntos encontramo-nos. Juntos arranjamos sempre um caminho mais fácil. Uma solução. Ou simplesmente um desabafo. Um comentário. Uma careta. Um sorriso. Um abraço quando é mesmo preciso. Eles não me conhecem. Nunca lhes dei muitas oportunidades para isso. Aqui não sei ser eu. estou a aprender. Mesmo assim eles são muito pacientes comigo. E muito queridos. E ainda bem que fiz anos aqui, pois fez-me ajudar a perceber que eles merecem mais de mim. Que eles se preocupam de facto. Que lhes faço diferença nos dias mesmo sem saber. As vezes é bom saber que se faz diferença nos dias dos outros. Eles fizeram e surpresas e escreveram-me coisas bonitas. Depois pregaram-me uma bebedeira descomunal sem que desse por isso.. Porque gostam de mim e sei que é no álcool que o demonstram. E eu deixei. E não me importei. E gostei muito. E gosto muito deles. Eles não sabiam. Mas agora já sabem. E ainda bem. Porque no fundo eles também são meus amigos, mesmo sem me conhecerem como os meus amigos me conhecem. Eles aqui vivem comigo coisas que nunca pensei viver e vêem uma pessoa que as vezes também não sei muito bem quem é. Aqui somos todos diferentes. E gostamos (quase) todos uns dos outros. Posso dizer que já tenho um cantinho aqui, e isso faz-me sorrir. Saber que se faz diferença nos dias dos outros é bom. Eles fazem todos os meus dias melhores, e sei que vou ter saudades de me perder com eles. Mas havemos de nos encontrar outra vez.

sábado, 11 de outubro de 2014

ela sempre aqui.



quero-te regar.
quero desvendar a parte triste que há em ti.

nao vês que é pra nós?

fica e faz voltar o que tens porque é meu.

[ela sempre aqui]
hoje pensei-te mais. penso-te todos os dias sabes?
hoje pensei-te mais. porque tenho mesmo saudades tuas.
porque mesmo que nao te veja quando estou ai, estou mais perto.
hoje pensei-te mais. imaginei o que nunca havemos de fazer.
hoje pensei-te mais. escrevi os dialogos que nunca havemos de ter.
hoje pensei-te mais. pensei nos beijos que nunca te dei.
e tanto que te queria beijar outra vez.

hoje pensei-te mais. porque gosto muito de ti.
hoje pensei-te mais.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

já escondi um amor com medo de perdê-lo.


Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.


Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!

Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:


- E daí? EU ADORO VOAR!



Clarice Lispector

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

treze dias.

e pensar que já faltaram 181 dias. 6 meses.
ja só faltam 13 para voltar.
voltar.
a minha casa. As minhas pessoas. A minha língua.
saudade.
as minhas pessoas. Os abraços que quero receber. A voz que quero ouvir. O sorriso que quero ver. A mota que quero conduzir. O silêncio que preciso. A minha cama.
a minha cama. A casa que nao é minha. O campo e ar puro. O ar que é puro. O ar que nao é poluido.
o campo e Lisboa. Lisboa e o campo. Lisboa e as cores. Lisboa e as pessoas. E a minha língua. Português. Portugal. Lisboa. O campo. Saudade.
esta quase...

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

post n. 645

reparei por acaso que este será o número 645.
seisquatrocinco.
gosto tanto deste numero. Gosto tanto desta música.
Gosto-te. Tenho (demasiadas) saudades. Tuas.

"quando nos lancamos para uma relacao devemos dar tudo e acreditar em tudo. Mas nao precisamos de deixar de ser nos proprios para que gostem mais de nos. Porque as coisas sofregas tb se gastam rapido.
Mas que é que tu sentes?"
disseste-me um dia...
e o que é que eu sinto? Saudades tuas,
só isso.
desculpa.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

p'ra quem quer.




chega so na dose errada.

domingo, 21 de setembro de 2014

quarta-feira, 17 de setembro de 2014

merda

estamos cada vez mais longe. Ate as horas fazem questão de nos lembrar disso. E só consigo ter saudades tuas.
merda.


e ver-te sorrir, ao sol, feliz e como bem mereçes estar só me faz querer nao gostar de ti. Mas gosto. Desde o primeiro minuto em que te vi. Desde a primeira vez em que apertaste as minhas mãos. Desde o primeiro, e inesquecível, beijo que me deste. Gosto-te como sei que não vou gostar de mais ninguém. E tive-te como sei que não vou voltar a ter. Porque tudo o que é bom acaba
e tudo o que é perfeito nao pode durar para sempre.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

i walk on water

hoje tive o melhor dia de toda a minha vida.sim, da minha vida.
em termos de experiências e de momentos. de emoçoes e sorrisos.
de paisagens estonteantes. de locais que me enchem o peito, os olhos, a alma....

de pessoas que no fundo, só querem aproveitar a vida, tal como eu.
foi um dia perfeito.
e descobri estes senhores. que são Islândeses e amigso do menino que nos proporcionou o melhor dia das nossas vidas...



Islândia, vais ser minha outra vez!
fica prometido.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

se calhar andas a ler demais, Rita.



As vezes penso que vou acordar a qualquer momento. Parece tudo tão irreal. Quando ando pelo meio dos campos da Irlanda, ou nos corredores do barco, ou de bicicleta por Barcelona, ou mergulho na Croácia ou em Itália… acho sempre que a qualquer momento vou abrir os olhos e estar na minha cama. Na casa de sempre. No sitio de sempre. Com os mesmos de sempre.
Há coisas que acontecem na vida e não sabemos nunca como explicar.
Parece saído de um filme. Ou de um livro. Daqueles bem grandes onde lemos e não nos cansamos porque queremos saber o que se vai passar a seguir.
É isso. É um livro. E a qualquer momento o autor vai mudar-me o cenário. E a situação. E as pessoas.
Hoje dei por mim a pensar nisso. Se a minha vida fosse um livro e eu simplesmente não existisse, mas fosse sim uma personagem criada e trazida ao mundo só para contar uma historia. Acho que a historia seria a de uma menina cheia de sonhos.
Não sei como será que acaba.. gostava que fosse como nos livros infantis, em que tudo acaba bem. Gostava também que fosse uma historia curta. Mas não me parece. Parece-me uma daquelas sagas que nunca mais acaba, com livros bem grandes e cheios de adjectivos. Porque neste momento vivo e vejo muita coisa, teem de haver muitos adjectivos e descrições. Porque neste momento a minha historia é aquilo que vejo e ouço e não propriamente a minha. Uma historia que conta historias.
Porque não estou a ir para lado nenhum a não ser para onde me levam. Traço o meu caminho na minha cabeça, como se de um esboço se tratasse… como se nem o autor soubesse ainda muito bem o que fazer comigo a seguir.. qual será a minha próxima aventura ou desafio…

Um dia vou acordar. E ler um livro sobre uma menina cheia de sonhos.
Será um Best-Seller.

segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Segunda-feira

Cinco meses sem um dia so para mim. Um dia de sofá e filmes. Um domingo como os domingos normais. 
Cinco meses de segundas-feiras. 
Hoje só me apetecia ficar em silêncio a ver filmes e séries ou simplesmente a fazer zapping. Comer no sofá e ficar a fazer scroll down no tumblr. Olhar la para fora e a paisagem estar igual ao dia anterior. 
Cinco meses de segundas-feiras.

Quero a minha cama.

domingo, 7 de setembro de 2014

Haruki Murakami

terça-feira, 2 de setembro de 2014

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

o meu patrimonio.



Não tenho muito. Não tenho quase nada na verdade. Para viajar basta-me uma mala e sei que não vou precisar de mais nada.
O que deixo para trás e é meu também não passa de uma cama grande e uma mota.
A minha cama é minha. E eu gosto muito dela. E tive de juntar dinheiro durante algum tempo para a comprar. Porque queria uma cama mesmo grande e boa.
A minha cama ficou no quarto que ainda é meu numa casa que já não é minha há algum tempo.
O sítio onde guardo as minhas coisas gosto de o pensar intocável. Não gosto que mexam nas minhas coisas.
Não gosto que me digam que a minha cama é mesmo grande sem que la esteja a dar permissao para que se deitem nela. Não gosto que me digam que o meu quarto está diferente sem que la esteja a dizer onde quero as coisas.
Hoje custou-me quando me disseram que o meu quarto está diferente. Custou-me pensar que o único sitio que ainda dava como intocavelmente (acho que isto não existe mas não interessa) meu afinal não é só meu.
Custa-me não saber para onde voltar.
Porque ir também é voltar.
Preciso de um património maior e em que só eu guardo a chave. É isso.
o meu sitio. que sei que terá de ser em Lisboa.

sábado, 30 de agosto de 2014

será este o lugar?



Amo Lisboa e disso não tenho duvidas.
A primeira vez tinha quem me esperasse.
A segunda esperei…. Mas valeu a pena.
A terceira esperei demasiado…
A quarta não esperei. E não tive quem me esperassa.
Amo esta cidade e as minhas pessoas, mas cada vez mais penso se pertenço a sitio algum. Ninguém me espera em lado nenhum. Não espero ninguém.
Não pertencer a lugar nenhum.
É bom.
Mas ás vezes gostava de saber que me esperam. Que faço diferença. Que sentem a mesma ansiedade que eu sempre que chego, e o mesmo aperto sempre que me vou.
Ás vezes gostava de ter um sitio para onde ir. Um abraço que me fosse certo. Alguém com quem me encontrar pelo menos.


Gosto de ti, Lisboa