segunda-feira, 28 de setembro de 2015

mil(i)metros.

Aqui há uma lua. Aí há exactamente a mesma lua. 
Aqui há estrelas. Aí existem exactamente as mesmas.
Aqui há um céu imenso. Aí tens o mesmo céu.


Debaixo da mesma lua. Debaixo das mesmas estrelas. Debaixo do mesmo pedaço de céu, que, de tão imenso, torna pequena a distância que nos separa.

Separados por pouco um mais do que nada - afinal estás aqui tão perto - e tão longe que te não vejo.

Separados por uma ténue distância - quase, quase nenhuma - e não ouvimos o som um do outro.

Separados por um tempo pequeno - quase uma insignificância se comparado ao decorrer de uma vida - mas tão longo que não termina.

Separados por tudo. Ou por tanto de nada.



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