domingo, 23 de novembro de 2014

É mais ou menos isto. Uma confusão. Uma baralhação. Um turbilhão de ideias e de quereres. Um misto de saudade desinquietante e vontade urgente. Um digo-não-digo, faço-não-faço, um vou-não-vou. Um apetece-me-tanto-mas-não-pode-ser. Um eu-não-te-deixo-ir-embora-mas-não-te-peço-para-vires. Uma mistura de sentimentos polvilhada com um punhado de sensações. Uma junção de desejos imaginários ornamentados por sonhos reais.
 Um emaranhado de paixão urgente e amor calmo.
 Tu e eu somos uma confusão.
Calmamente desinquieta.
Gritantemente calada.
Quando se ama, naquele exacto segundo em que se ama, tem de se acreditar que é para sempre. Mais: tem de se ter a certeza de que é para sempre. Amar, mesmo que por segundos, mesmo que por instantes, é para sempre. E é isso, essa sensação de segundos ou de minutos ou de dias ou de horas ou de anos ou meses, que é para sempre. Ama. Ama por inteiro. Ama sem nada pelo meio. Ama, ama, ama, ama. Ama. Porque é só por aquilo que te faz perder a respiração que vale a pena respirar.

Prometo falhar.

Sem hesitar.
Prometo ser humano, aqui e ali ser incoerente, aqui e ali dizer a palavra errada, a frase errada, até o texto errado, aqui e ali agir sem pensar, para que raios serve pensar quando te amo tão desalmadamente assim?
Prometo compreender, prometo querer, prometo acreditar. Prometo insistir, prometo lutar, descobrir, aprender, ensinar.
Tudo para te dizer que prometo falhar.
E Deus te livre de não me prometeres o mesmo.
 «Foste a maneira mais bonita de errar.»
 E ela sentiu a respiração a faltar, hesitou como nunca tinha hesitado, quis pensar aquilo tudo, colocar todas as possibilidades nos pratos da balança, mas quando deu por si não disse «quero tanto mas deixa lá», quando deu por si estava a pensar em como conseguira deixar de pensar, um ou dois segundos de ela própria, o amor só existe quando nos oferece pelo menos um ou dois segundos de nós próprios.
 «Se voltas a falhar juro que te amo para sempre.»
 E ela falhou.

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

domingo, 9 de novembro de 2014

comigo serás sempre tu.

e é por isso que vens, sem voltar.
e eu estou, sem ficar.


sábado, 8 de novembro de 2014

queres?



Faz-me querer-te bem, querer-te mal
Bem a ti, mal ao quereres assim
Infinitivamente pessoal

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

domingo, 2 de novembro de 2014

Perdi-te.

Perdi-te.
mas na verdade nunca te tive.

Encontrei-me.
e percebi que no fundo estava sempre aqui.


A ignorância é uma bençao.


Quanto menos sabemos menos queremos. 
E quanto menos queremos mais felizes somos.
Nós, os sonhadores. Nós, os que buscam incessantemente matar essa sede sem àgua e essa fome que não é de comida. Nós, os que procuram diariamente o caminho para se encontrarem. Nós, os que se perdem para não serem encontrados. Nós, os que olham as estrelas e querem ir mais alem. Nós, os que sorriem ao por do sol porque sabem que hoje fizeram tudo e amanha ha mais a ser feito. 
Nós, que podemos nao saber ainda para onde vamos... Mas vamos.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

1, 2, 3...


Sun is up, I'm a mess
Gotta get out now, gotta run from this


sábado, 25 de outubro de 2014

I am lost.

para quê voltar?
para onde voltar?

cada vez mais entendo que nao pertenço a lado nenhum.
a ninguem.

para quê voltar?
para onde voltar?

ja so penso em partir outra vez. nao para o barco. mas partir.
porque esta tambem nao é a minha casa.
porque nao tenho lugar nenhum.
porque nao tenho ninguem. e porque nao sei lidar com isso.

entao vou. preciso ir de novo. porque nao consigo lidar com esta coisa de nao pertencer a lado nenhum.


um dia. talvez me habitue a isso. mas nao quero.
nao ser. nao pertençer. nao saber.
ir. para onde? nao sei. mas vou. porque ainda nao é aqui.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Into the Wild.


"Some people feel like they don't deserve love. They walk away quietly into empty spaces, trying to close the gaps of the past." 

Into the Wild*


 I'm leaving.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

das missoes impossiveis


[Há sítios que ela não usa
Por não saber que estão cá
Há mares que ela não cruza
Por não ser eu a estar lá]

[É de mim que ela precisa Para lhe dar o que não quer]
Esta morena não corre quando a chamo para mim.

mas mesmo assim... eu hei-de sempre tentar correr para ela.
até que ela me mande embora de vez.
porque ela tem paixao no olhar.
e corpo com sede de quente, mas que nao sente calor.

ela nao sabe bem, mas eu no fundo sei.

[quando o véu lhe cai
Quando o calor lhe vem
Sempre que a noite quer
Sonha comigo também]

note to self II


Sabe, o apego é como segurar com bastante força. Mas o amor genuíno é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam. Não é ficar preso com força. Porém é muito difícil para as pessoas entenderem isso, porque elas pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demonstra que elas se importam com o outro.”
Qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que poderemos ser preenchidos pelo outro será certamente muito complicado.”

note to self.

"Sob a vida, sob o Sangue, sob o coração de todos os homens vivos uma outra vida, imensurável e secreta, pulsa e essa é que é talvez a vida verdadeira."

"Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos(...) queremos dizer quero e dizemos não posso(...) queremos dizer amor e não nos chega a língua."
 "Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas"

Porque às vezes "(...) não cabemos nas palavras."

"Sonhar é uma forma de conhecer o mundo."

"Pedra sobre pedra (...) o muro de todos os silêncios lentamente foi crescendo. E agora vai alto, muito alto. Temos de nos juntar."

"...deixar o coração bater o mais que puder, satisfazer a valer todas as paixões."

"finjo que estou bem... sinto-me logo melhor."



 Cultivamos esperançosamente o sonho e a imaginação não porque queremos deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas filhos melhores para o nosso mundo.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ainda de Quarentena.

Comi todas as palavras e fiquei deliciada com a refeição!


"Atenção. A realidade tem vindo a aumentar. Várias pessoas têm sido contaminadas com o síndrome de realite e há registos de certas individualidades com realite crónica, ou realitose, dos quais já só se pode esperar o pior. Os mais alarmistas falam mesmo numa epidemia. Quem está doente fica incoerente. Ninguém está imune. Atenção. A realite avança. Toda a imaginação está a ser tomada como um acto de resistência. É necessário treinar as ideias e os pensamentos. É necessário procurar um Grande Encontro. É necessário caminhar numa direcção impossível.
Atenção. Levem convosco todos os sentimentos clandestinos. Levem os vossos livros e tudo o mais cuja matéria seja semelhante à dos sonhos. Sobretudo não se esqueçam das palavras. Levem as palavras nas mãos, levem as palavras no olhar, lembrem-se de que nem só na boca vivem as palavras. Lembrem-se que as palavras não são todas transparentes e que podem conter um gesto incendiado, um tremor, uma maré. Atenção. Inventem as vossas palavras. E inventem também o silêncio. O silêncio que nos afasta e nos aproxima. O silêncio das incertezas, das interrogações, dos gritos. O silêncio da agitação.
Atenção. No nosso silêncio estamos de QUARENTENA.
E de tantos silêncios está a construir-se uma palavra."

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

sempre a aprender. Mainada!





Quarentena.

ir ao teatro, infelizmente, nunca fez muito parte das minhas rotinas. mas vai fazendo cada vez mais. e é so isso que interessa.
hoje fui ao teatro sem saber ao que ia. numa descoberta que me disseram em que me ia perder. numa aventura para a qual nao pude preparar-me.
um teatro diferente onde nos levaram para fora da sala de teatro, onde nos deram de jantar e onde nos fizeram encontrar muitas pessoas pelo caminho. 40 actores no total. uma orquestra no meio de um barracao. um barracao no meio do nada.
emocionei-me porque as palavras que usavam faziam-me todo o sentido. emocionei-me de ver aquelas pessoas orgulhosas do que faziam. emocionei-me do texto que foi tao bem escrito. emocionei-me. e vou lá outra vez.

palavras e silencios. amanhã e hoje. sentimentos e vazios. procuras e perdas.


[a morte nao saberá onde encontrar aqueles que andam sempre à procura]

sábado, 18 de outubro de 2014

full of stars


[And I don't care
Go on and tear me apart]