terça-feira, 28 de outubro de 2014

1, 2, 3...


Sun is up, I'm a mess
Gotta get out now, gotta run from this


sábado, 25 de outubro de 2014

I am lost.

para quê voltar?
para onde voltar?

cada vez mais entendo que nao pertenço a lado nenhum.
a ninguem.

para quê voltar?
para onde voltar?

ja so penso em partir outra vez. nao para o barco. mas partir.
porque esta tambem nao é a minha casa.
porque nao tenho lugar nenhum.
porque nao tenho ninguem. e porque nao sei lidar com isso.

entao vou. preciso ir de novo. porque nao consigo lidar com esta coisa de nao pertencer a lado nenhum.


um dia. talvez me habitue a isso. mas nao quero.
nao ser. nao pertençer. nao saber.
ir. para onde? nao sei. mas vou. porque ainda nao é aqui.



sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Into the Wild.


"Some people feel like they don't deserve love. They walk away quietly into empty spaces, trying to close the gaps of the past." 

Into the Wild*


 I'm leaving.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

das missoes impossiveis


[Há sítios que ela não usa
Por não saber que estão cá
Há mares que ela não cruza
Por não ser eu a estar lá]

[É de mim que ela precisa Para lhe dar o que não quer]
Esta morena não corre quando a chamo para mim.

mas mesmo assim... eu hei-de sempre tentar correr para ela.
até que ela me mande embora de vez.
porque ela tem paixao no olhar.
e corpo com sede de quente, mas que nao sente calor.

ela nao sabe bem, mas eu no fundo sei.

[quando o véu lhe cai
Quando o calor lhe vem
Sempre que a noite quer
Sonha comigo também]

note to self II


Sabe, o apego é como segurar com bastante força. Mas o amor genuíno é como segurar com muita gentileza, nutrindo, mas deixando que as coisas fluam. Não é ficar preso com força. Porém é muito difícil para as pessoas entenderem isso, porque elas pensam que quanto mais elas se agarram a alguém, mais isso demonstra que elas se importam com o outro.”
Qualquer tipo de relacionamento no qual imaginamos que poderemos ser preenchidos pelo outro será certamente muito complicado.”

note to self.

"Sob a vida, sob o Sangue, sob o coração de todos os homens vivos uma outra vida, imensurável e secreta, pulsa e essa é que é talvez a vida verdadeira."

"Pensamos tanto, tomamos balanço e hesitamos(...) queremos dizer quero e dizemos não posso(...) queremos dizer amor e não nos chega a língua."
 "Ó mar salgado, quanto do teu sal São lágrimas"

Porque às vezes "(...) não cabemos nas palavras."

"Sonhar é uma forma de conhecer o mundo."

"Pedra sobre pedra (...) o muro de todos os silêncios lentamente foi crescendo. E agora vai alto, muito alto. Temos de nos juntar."

"...deixar o coração bater o mais que puder, satisfazer a valer todas as paixões."

"finjo que estou bem... sinto-me logo melhor."



 Cultivamos esperançosamente o sonho e a imaginação não porque queremos deixar um mundo melhor para os nossos filhos, mas filhos melhores para o nosso mundo.

terça-feira, 21 de outubro de 2014

ainda de Quarentena.

Comi todas as palavras e fiquei deliciada com a refeição!


"Atenção. A realidade tem vindo a aumentar. Várias pessoas têm sido contaminadas com o síndrome de realite e há registos de certas individualidades com realite crónica, ou realitose, dos quais já só se pode esperar o pior. Os mais alarmistas falam mesmo numa epidemia. Quem está doente fica incoerente. Ninguém está imune. Atenção. A realite avança. Toda a imaginação está a ser tomada como um acto de resistência. É necessário treinar as ideias e os pensamentos. É necessário procurar um Grande Encontro. É necessário caminhar numa direcção impossível.
Atenção. Levem convosco todos os sentimentos clandestinos. Levem os vossos livros e tudo o mais cuja matéria seja semelhante à dos sonhos. Sobretudo não se esqueçam das palavras. Levem as palavras nas mãos, levem as palavras no olhar, lembrem-se de que nem só na boca vivem as palavras. Lembrem-se que as palavras não são todas transparentes e que podem conter um gesto incendiado, um tremor, uma maré. Atenção. Inventem as vossas palavras. E inventem também o silêncio. O silêncio que nos afasta e nos aproxima. O silêncio das incertezas, das interrogações, dos gritos. O silêncio da agitação.
Atenção. No nosso silêncio estamos de QUARENTENA.
E de tantos silêncios está a construir-se uma palavra."

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

sempre a aprender. Mainada!





Quarentena.

ir ao teatro, infelizmente, nunca fez muito parte das minhas rotinas. mas vai fazendo cada vez mais. e é so isso que interessa.
hoje fui ao teatro sem saber ao que ia. numa descoberta que me disseram em que me ia perder. numa aventura para a qual nao pude preparar-me.
um teatro diferente onde nos levaram para fora da sala de teatro, onde nos deram de jantar e onde nos fizeram encontrar muitas pessoas pelo caminho. 40 actores no total. uma orquestra no meio de um barracao. um barracao no meio do nada.
emocionei-me porque as palavras que usavam faziam-me todo o sentido. emocionei-me de ver aquelas pessoas orgulhosas do que faziam. emocionei-me do texto que foi tao bem escrito. emocionei-me. e vou lá outra vez.

palavras e silencios. amanhã e hoje. sentimentos e vazios. procuras e perdas.


[a morte nao saberá onde encontrar aqueles que andam sempre à procura]

sábado, 18 de outubro de 2014

full of stars


[And I don't care
Go on and tear me apart]


sexta-feira, 17 de outubro de 2014

begin again

gosto de filmes com boas bandas sonoras.
e gostei deste. nao sei bem porque.

Seis.


o fim. o inicio. pausa. reticências. até já.

[maybe one day i'll fly with you]

domingo, 12 de outubro de 2014

Eles.


 Eles não me conhecem bem. Eles não sabem quase nada de mim. Eles partilham comigo memórias e experiências que aqueles que me conhecem nao terão oportunidade de fazer. Juntos vivemos coisas que nunca pensámos. Juntos fazemos tudo. Comemos. Trabalhamos. Bebemos. Passeamos. Dormimos. Viajamos. Exploramos. Perdemo-nos. Encontramo-nos. Juntos encontramo-nos. Juntos arranjamos sempre um caminho mais fácil. Uma solução. Ou simplesmente um desabafo. Um comentário. Uma careta. Um sorriso. Um abraço quando é mesmo preciso. Eles não me conhecem. Nunca lhes dei muitas oportunidades para isso. Aqui não sei ser eu. estou a aprender. Mesmo assim eles são muito pacientes comigo. E muito queridos. E ainda bem que fiz anos aqui, pois fez-me ajudar a perceber que eles merecem mais de mim. Que eles se preocupam de facto. Que lhes faço diferença nos dias mesmo sem saber. As vezes é bom saber que se faz diferença nos dias dos outros. Eles fizeram e surpresas e escreveram-me coisas bonitas. Depois pregaram-me uma bebedeira descomunal sem que desse por isso.. Porque gostam de mim e sei que é no álcool que o demonstram. E eu deixei. E não me importei. E gostei muito. E gosto muito deles. Eles não sabiam. Mas agora já sabem. E ainda bem. Porque no fundo eles também são meus amigos, mesmo sem me conhecerem como os meus amigos me conhecem. Eles aqui vivem comigo coisas que nunca pensei viver e vêem uma pessoa que as vezes também não sei muito bem quem é. Aqui somos todos diferentes. E gostamos (quase) todos uns dos outros. Posso dizer que já tenho um cantinho aqui, e isso faz-me sorrir. Saber que se faz diferença nos dias dos outros é bom. Eles fazem todos os meus dias melhores, e sei que vou ter saudades de me perder com eles. Mas havemos de nos encontrar outra vez.

sábado, 11 de outubro de 2014

ela sempre aqui.



quero-te regar.
quero desvendar a parte triste que há em ti.

nao vês que é pra nós?

fica e faz voltar o que tens porque é meu.

[ela sempre aqui]
hoje pensei-te mais. penso-te todos os dias sabes?
hoje pensei-te mais. porque tenho mesmo saudades tuas.
porque mesmo que nao te veja quando estou ai, estou mais perto.
hoje pensei-te mais. imaginei o que nunca havemos de fazer.
hoje pensei-te mais. escrevi os dialogos que nunca havemos de ter.
hoje pensei-te mais. pensei nos beijos que nunca te dei.
e tanto que te queria beijar outra vez.

hoje pensei-te mais. porque gosto muito de ti.
hoje pensei-te mais.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

já escondi um amor com medo de perdê-lo.


Já escondi um amor com medo de perdê-lo, já perdi um amor por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.


Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.

Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!

Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!

Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.

Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das ideias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.

Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.

Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:


- E daí? EU ADORO VOAR!



Clarice Lispector

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

treze dias.

e pensar que já faltaram 181 dias. 6 meses.
ja só faltam 13 para voltar.
voltar.
a minha casa. As minhas pessoas. A minha língua.
saudade.
as minhas pessoas. Os abraços que quero receber. A voz que quero ouvir. O sorriso que quero ver. A mota que quero conduzir. O silêncio que preciso. A minha cama.
a minha cama. A casa que nao é minha. O campo e ar puro. O ar que é puro. O ar que nao é poluido.
o campo e Lisboa. Lisboa e o campo. Lisboa e as cores. Lisboa e as pessoas. E a minha língua. Português. Portugal. Lisboa. O campo. Saudade.
esta quase...