quinta-feira, 29 de novembro de 2012
a musica que deu nome ao blog. o blog que me deu a voz a mim. a voz dela que sera sempre a melhor. o concerto que, entre tantos (demasiados julgo) foi o melhor de sempre. 3h de paraiso. 3 horas de sonhos. tres horas de tudo. sem me cansar. exactamente aquelas que queria ouvir. e um extra. os melhores. do melhor. amanha escrevo sobre o que senti ontem. que nao tem nada a ver. nem se compara. mas eles sao do melhor. os melhores.
you and i. eu e eles ja fomos a tantos sitios. eles nao sabem. mas é amor que eu sinto por eles. e so por eles. nao amo mais ninguem desta maneira. o meu amor é platonico e é deles. e tambem um bocadinho teu.
que ainda hoje me fazes sangrar.
apaixono.me sempre que a vejo. apaixono-me sempre que sorri. apaixono-me quando lhe ouço a voz. apaixono-me so de a pensar. nunca estive la. nunca lhe estive perto. nunca lhe fui confidente de nada. mas eu apaixono-me por ela so de a imaginar a sorrir.
ela tem, definitivamente, o sorriso mais bonito do mundo. tres pecados num nome so.
é ela. dois pecados numa pessoa so. ela nao sabe que a amo.
amo-te. a ti e a tudo o que te rodeia. a tua luz em dias escuros. a tua vontade em dias claros. ou quando o dia nasce.
es tu.
ela tem, definitivamente, o sorriso mais bonito do mundo. tres pecados num nome so.
é ela. dois pecados numa pessoa so. ela nao sabe que a amo.
amo-te. a ti e a tudo o que te rodeia. a tua luz em dias escuros. a tua vontade em dias claros. ou quando o dia nasce.
es tu.
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
sem titulo.
Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.
Álvaro de Campos
Gostar é uma entidade suprema, unica, egoista, incompreensível. é um estado que pertence a cada individuo singular, não há nada mais seu, mais próprio de si mesmo e da sua possessão que qualquer amor que ele sinta. Quando gostas o amor que sentes é apenas teu, aquilo que partilhas com a outra pessoa é uma espécie de imitação, uma tentativa de reprodução, uma ingénua e bonita ilusão de que o outro que também sente compreende o que tu sentes. Nunca vai compreender. Não existe uma verdadeira partilha. Há coisas que se demitem de serem partilhadas e não resultam coisa nenhuma de uma troca recíproca. Gostar não tem relação nenhuma de causa efeito. Deixem lá essas tretas da reciprocidade. Não gostas porque recebeste. Resultam absolutamente do absurdo, do insano que és tu. Gostar tem existência própria, independente. Não gostas porque o outro gosta, não gostas porque o outro dá, gostas porque gostas. Porque não podes contornar isso, não há nada que possas fazer. Gostas. Tem tanto de lógico como o resto das coisas que não se explicam. E o gostar é teu. Irreversivelmente, cruelmente teu. O que existe é a ilusão bonita e necessária, de que cada autista apaixonado consegue compreender o que o outro sente. Mas nunca consegue. Fica a tentativa, a amostra, a representação do que se sente quando se partilha. Inútil tentativa, mas essencial. O amor é egoista. Nenhum amor egoista é suficientemente egoista e portanto bonito se não for ingénuo. E ridiculo e absurdo o suficiente.
[podia devanear sobre isto durante horas. mas nao me apetece. um dia acabo]
hoje queria escrever sobre o que sinto. o que senti ha umas horas. na minha cabeça ha tantas coisas que quero escrever. mas quando agarro na caneta ou me sento aqui ha frente nao sai nada do que quero. amanha vou tentar explicar o que senti hoje. sei que é dificil, porque é tao e somente meu. mas preciso tentar.
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
I've been lost | I've been found
Sentir no rosto a brisa salgada que do rio emana, contemplar a minha cidade com um sorriso e uma lágrima ao canto do olho.
Puxo as mangas do meu casaco de forma a encobrirem as minhas mãos, agasalho o pescoço apertando um pouco mais o cachecol, o Inverno lisboeta não perdoa.
Saio em direcção ao Terreiro do Paço. No ar sente-se o aroma a castanha assada; à medida que me aproximo escuto ao longe o fado que pelas ruas da Baixa ecoa.
O meu coração bate desenfreadamente.
Chego ao Terreiro do Paço, onde uma quantidade absurda de turistas ora contemplam o Tejo ora tiram fotografias de si próprios junto à estátua de D. José I. Sorrio, levo a mão ao bolso do meu casaco de onde retiro o meu maço de tabaco e o isqueiro, acendendo um cigarro de seguida. Vou ser cliché, não o sendo: um cigarro pensativo. Muito pensativo.
Caminho em direcção ao Arco Triunfal da Rua Augusta, é impossível não me sentir mínima ao passar pelas suas abóbodas imponentes.
Um turbilhão de emoções assoma o meu peito, um turbilhão de pensamentos a minha mente.
Sem pressa e em passadas pequenas chego ao Rossio, mas não me demoro. Viro então à direita, com destino a Alfama.
Meto-me por ruas e mais ruas, todas aparentemente iguais mas tão diferentes. Demoro o olhar numa das muitas casas antigas, onde à janela um senhor de idade fuma o seu cachimbo, fitando o nada.
Ao seu lado aparece um gato que, descontente pela negligência do seu dono, rapidamente desaparece no fundo negro da casa.
Prossigo caminho. Sinto-me a viajar em piloto automático, vivo na minha mente, analiso as emoções e os sentimentos que esta cidade desperta em mim.
De vez em quando passo por turistas perdidos, que embaraçados lá se decidem a pedir-me direcções. Não consigo evitar pensar que podias ser um destes turistas.
Perder-me-ia contigo, na minha própria cidade, que ja foi nossa.
Cabisbaixa, já com os músculos doridos e o rosto gelado, chego a uma rua sem saída. Admito a mim mesma não saber onde me encontro, mas nem por isso volto atrás.
Vejo ao fundo um arco, uma passagem escura, encoberta pelas sombras dos edifícios. Relutante, caminho até ela, e qual não é o meu espanto ao observar que tal lugar esconde uma das mais belas vistas lisboetas.
Uma varanda de forma quadrada, coberta de azulejos indubitavelmente mais antigos que eu, de onde Lisboa se estende, imponentemente, ao largo do Tejo. Encosto-me às grades ferrugentas, gastas pelo passar dos anos, das estações, das gerações que ali passaram e tal como eu se maravilharam com esta pérola escondida no coração de Lisboa.
Olho para além daquela vista assombrosa, para dentro da minha mente; já não sei quem sou.
Perco-me em memórias distantes, encobertas e gastas pelo peso da era do tempo, em beijos escondidos do mundo, quando tudo o que importava se encontrava entre aquelas quatro paredes; nada mais existia.
Recordo os teus dedos entrelaçados nos meus, a tua respiração contra a minha pele nua. Uma lágrima fugidia que gritava "Não vás, faz de mim a tua casa".
Como é possível sentir ainda tudo isto, olhar para a minha cidade e continuar a sentir o vazio deixado pela inexistência dos teus passos nestas calçadas, do teu olhar atónito e apaixonado sobre as fachadas destes edifícios, do esvoaçar dos teus cabelos ao aproximares-te do Tejo?
Acordo do transe em que me encontrava, ao longe fito uma nuvem escura que ameaça chuva.
De novo em piloto automático, e desta vez completamente alheia ao mundo que me rodeia, percorro o mesmo caminho que até aqui me trouxe. Foi ao chegar à Baixa que a primeira gota de chuva tocou a minha pele, para imediatamente desaparecer entre tantas outras. Sem me importar com a roupa que agora se cola, ensopada, à minha pele, não acelero o passo.
Acendo um outro cigarro que teima em arder, nunca desistindo perante toda a chuva que cai. As metáforas sempre foram o meu forte.
Volto a casa. Olho a colina pela ultima vez, mas nada mais avisto que uma massa disforme de cores.
És uma ilusão. Sempre foste e, enquanto Lisboa não for tua por um dia, sempre o serás.
2010.
domingo, 18 de novembro de 2012
or no.
No matter how many years go by, i know one thing to be as true as ever was - Ill see you soon.”
terça-feira, 13 de novembro de 2012
sol de Inverno
que bom que é voltar assim.
o Sol deixa-me mais feliz. é tudo mais facil quando faz sol.
[it's thirteen baby!]
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
voltei
voltei.
nao tenho fotografias para mostrar.
nem grandes aventuras para contar.
tenho-me a mim e aquilo em que estes dias me tornaram.
mais sã. mais feliz. com saudades disto, portanto, preenchida. por agora.
nao tenho nada de especial para dizer sobre os sitios onde estive, apenas tenho que agradecer as pessoas por terem la estado. e tambem as pessoas que ca estão por me receberem de braços abertos....
afinal, houve ate quem tivesse saudades minhas (ou pelo menos que o tenha dito, se sentiu ou nao nao tenho a certeza....)
eu, confesso, nao tive grandes saudades disto... mas de algumas pessoas sim. por acaso, das mesmas pessoas que me disseram ter saudades minhas. e mais algumas.
ainda bem. sair é bom porque voltar nos trás sempre coisas novas.
e boas. e eu gosto disso.
"Like in Lost in Translation
Please do that!"
nao tenho fotografias para mostrar.
nem grandes aventuras para contar.
tenho-me a mim e aquilo em que estes dias me tornaram.
mais sã. mais feliz. com saudades disto, portanto, preenchida. por agora.
nao tenho nada de especial para dizer sobre os sitios onde estive, apenas tenho que agradecer as pessoas por terem la estado. e tambem as pessoas que ca estão por me receberem de braços abertos....
afinal, houve ate quem tivesse saudades minhas (ou pelo menos que o tenha dito, se sentiu ou nao nao tenho a certeza....)
eu, confesso, nao tive grandes saudades disto... mas de algumas pessoas sim. por acaso, das mesmas pessoas que me disseram ter saudades minhas. e mais algumas.
ainda bem. sair é bom porque voltar nos trás sempre coisas novas.
e boas. e eu gosto disso.
"Like in Lost in Translation
Please do that!"
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
e nao me perguntes nada | que eu nao sei dizer
_ todo este romantismo pessoal gera uma poesia íntima onde mesmo de esterno partido o coração bate sempre |
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