segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

´tudo o que temos cá dentro'

como vês estás sempre presente. é como a ligação entre nós, que receei que nos continuasse a prender. volto a ter-te, e no fundo espero-te cada dia. Há-de existir um momento em que todos partirão e tu continuarás viva.
despertaste qualquer coisa em mim. tens de criar o que é teu.

[...]

temos de dar, finalmente, tudo o que temos ca dentro. escureceu. ja nao estas a meu lado. tenho medo, afinal é tudo um sonho. estou sozinha e tu partiste.
batem as portas em tons...
olho para tras e afinal ainda lá estas. amor.


quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

013

Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo. Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera. Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde. Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. a vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções. A vida é exigente porque é generosa. é dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.

Joaquim Pessoa in ‘Ano Comum’

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

domingo, 23 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

estou farta. farta de ti e o do teu estilo de vida. vazio. mediocre.
farta-me essa maneira de viver.

e é so isso.

abraça(-me)

"O estado normal de duas almas gémeas é o silêncio. Não é o "não ser preciso falar" - é outra forma de falar, que consiste numa alma descansar na outra. Não é a paz dos amantes nem a cumplicidade muda dos amigos. Não precisa de amor nem de amizade para se entender. As almas acharam-se. Não têm passado. Não se esforçaram. Estão. É essa a maior paz do mundo.


 
Como é que se reconhece a alma gémea? No abraço.

Quando duas almas gémeas se abraçam , sente-se o alívio imenso de não ter de viver. A sensação é de sermos uma alma no ar que reencontrou a sua casa, que voltou finalmente ao seu lugar, como se o outro corpo fosse o nosso que perdemos desde a nascença."



 

Miguel Esteves Cardoso

domingo, 9 de dezembro de 2012

chegou a Paris. e de la nao há-de sair.

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terça-feira, 4 de dezembro de 2012

[des]concentração

queria escrever sobre esta noite na propria noite. mas nao me sairam as palavras. agora ouço as musicas mas as palavras ja nao saem. ha coisas que nao teem que ser ditas... talvez. mas aquilo que senti a ouvir esta musica foi indescritivel. talvez este texto nunca devesse existir. nunca pensei gostar tanto. devia ser a mais nova naquele sitio. ha minha volta pelo menos nao havia ninguem mais novo que eu. mas nao me importei. nao podemos gostar todos do mesmo nem nas mesmas alturas. ali encontrei uma razao (ou sera uma desculpa?) para me ser dificil encontrar alguem que me 'encaixe'. e falo mesmo a nivel de simples amizade. nao consigo ter um grupo de amigos com que faço tudo e para quem correr quando preciso. tenho pessoas. random. com quem as vezes me apetece fazer coisas e sei que alinham. outras nem tanto. mas poucas pessoas que alinham exactamente nas mesmas coisas que eu. quando falei no concerto deste Senhor ninguem me entendeu. mas eu fui. porque nao me paro. nao me param. e orgulho-me disso. se estivesse sempre ha espera de quem fizesse coisas comigo teria vivido arrependida a minha vida inteira e quase de certeza que nao estaria onde estou. felizmente nao me interessa com quem vou. muitas vezes nao interessa onde vou. mas vou. e ainda bem que nesta noite fui. agora vou ali ver se durmo e sonhar bem alto com a magia da noite em que o vi pela primeira mas nao pela ultima vez....

ela

chama-me nomes que nao compreendo. nao me conhece de facto. ou entao conhece mais do que penso mas nao quero admitir. diz que a candura me serve. usa palavras que nao conheco para mim. usa palavras que, depois de conhecer, nao sei porque as usa para mim. ela é aquela que leio e nao percebo. aquela que leio e so gostava de ter uma explicação logo a seguir para as suas palavras. é aquela com quem me apetece falar. varias veze. é aquela com quem menos falo. é especial. e nao. nao te amo. nao te amei e sei que nao te vou amar. nem chorar por ti. so te quero ver feliz. e nao desisto de ti. que és uma candura muito maior que eu.